Saquê 'puro' do Japão chega a restaurantes de SP em garrafas de cerveja

Gabriel Cabral/Divulgação
A garrafa do Neko Sake, que está sendo lançado no Brasil
A garrafa do Neko Sake, que está sendo lançado no Brasil

Água, arroz e koji (levedura). No Japão, são variáveis desta receita (água da montanha ou do subsolo, 200 tipos de arroz, as bactérias presentes) que criam as sutilezas do saquê.

No caso do Neko Sake, resultou em uma bebida levemente seca, fresca e com sutil sabor de arroz. Produzido na região de Sapporo, no norte do país, está sendo trazido ao Brasil por Kei Nakajima. Kei trabalhou por seis anos como consultora de marcas de saquê, até que resolveu estar à frente de seu próprio rótulo. Via, no Japão, produtores artesanais fechando as portas por causa da queda da demanda e, no Brasil, um mercado potencial, com garrafas importadas caras demais e saquês nacionais muito diferentes daqueles de que gostava.

"Pensamos em uma bebida que agrade o paladar daqui, para ser tomada fria [entre 5ºC e 10ºC], que seja versátil na harmonização e que possa ser usada em drinques", diz Kei. Mas até em "saquerinhas"? "Não sou como os sushimen contrários ao 'california roll' e outras releituras. Acho que os coquetéis abrem espaço para a cultura do saquê."

Kei resolveu trazer a bebida em contêineres e fazer aqui o envase, para diminuir custos ao máximo. Usa as comuns garrafas de cerveja brasileiras, de 600 ml, e o rótulo desenhado por uma amiga (com uma gatinha, significado da palavra neko, apelido de Kei).

As garrafas do saquê, que não tem conservantes ou qualquer aditivo (eles não são permitidos no Japão), custam cerca de R$ 70 e podem ser compradas, por enquanto, por telefone, em uma distribuidora.

Além disso, a bebida será servida, a partir da semana que vem, no menu-degustação do Un, de Tadashi Shiraishi, no Kosushi e nos restaurantes do sushiman Jun Sakamoto.

As vendas pela internet devem começar no ano que vem.

Neko Sake. na Tradbras, tel. (11) 3229-6455

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