Quando os paulistanos viajam e precisam locar um carro, procuram a Localiza -é o que mostra a pesquisa do instituto Datafolha, que aponta que 31% do público das classes A e B escolhe a empresa em um passeio.
O curioso é que São Paulo foi um dos últimos Estados a receber a locadora mineira. Na época, década de 1980, outras marcas eram líderes por aqui. "Decidimos crescer primeiro para depois fazer uma concorrência à altura", afirma o presidente da Localiza, Eugênio Mattar, 63.
De fato, fizeram. Hoje, das 565 agências da marca, 161 são paulistas. E, além de estar em todo o Brasil, a locadora tem representação pesada na América Latina: há lojas em quase todos os países, com exceção da Venezuela e da Bolívia.
A frota total já excede os 115 mil veículos, usados em três segmentos: a locação de carros, propriamente, o sistema de franquias e a gestão de frotas corporativas, que faz a compra e gestão de carros empresariais.
Mas a história da marca começou antes, em 1973, e com números bem mais modestos. Neto de libaneses, Eugênio Mattar tinha 20 anos e estudava engenharia quando seu irmão, Salim, comprou seis Fuscas (financiados) para realizar o sonho de ter um negócio próprio. Junto de um amigo, abriu um escritório no centro de Belo Horizonte e convidou Eugênio para tocar a empreitada.
O negócio emplacou. Além de abrirem agências em todo o Brasil, os irmãos passaram a trabalhar com o sistema de franquias, isso no início dos anos 1980. "Foi a forma com que penetramos nas cidades do interior: treinando os funcionários para serem empreendedores", conta Mattar.
Em 1992, a Localiza inaugurou sua primeira agência estrangeira, na Argentina, e em 2005 tornou-se uma empresa de capital aberto. "Passamos a ter um padrão de governança muito maior", explica o presidente.
De pequenina a uma das líderes de mercado, a Localiza virou referência e investiu na experiência do cliente, que pode viajar, alugar um carro e devolvê-lo na loja da rede que lhe convier. Comodidade muito bem-vinda, já que, de acordo com a Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis), 23% da frota de veículos de locadoras é usada para o turismo e o lazer.
E o futuro? Está aqui mesmo, no Brasil. "É um negócio local, vamos concentrar a operação no país", afirma Mattar, que se diz apaixonado por carros. "Tenho uma Ferrari e uma Mercedes 'asa de gaivota'. O carro me dá uma liberdade e um prazer que não tenho com outros meios de transporte."
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NA HORA DE ALUGAR
Por Eduardo Sodré
1. Se a categoria não estiver disponível na locação, o correto é que uma versão superior seja oferecida, sem aumento de tarifa
2. Um casal sem filhos que pretende rodar pouco é bem atendido por um modelo popular básico
3. Se a viagem é em família, opte, no mínimo, por um sedã compacto
4. Em viagens rodoviárias longas, vale ter ar-condicionado e motor potente