Pesquisa mostra potencial no imaginário do paulistano para escolher os melhores

Um mercado que combina oportunidades a desafios importantes —é o que revela pesquisa Datafolha para o especial Viaja sãopaulo. Se por um lado, altas taxas de desconhecimento principalmente sobre marcas do setor e destinos internacionais, junto a consumidores com acesso à informação e experiência, sugerem comunicação ineficiente, por outro indica espaço estratégico a ser preenchido por quem conseguir explorá-lo adequadamente.

Editoria de Arte/Folhapress
Arte Datafolha - Viaja Sãopaulo -- Viaja SP
Arte Datafolha - Viaja Sãopaulo – Viaja SP

Em um universo que integra as classes A e B, em que 70% têm nível superior de escolaridade, renda muito acima da média da população, em que todos os entrevistados viajaram a lazer para outros Estados recentemente e metade já foi para o exterior, surpreende, por exemplo, expressivos 64% não conseguirem dizer qual é a melhor marca de mala de viagem.

A tendência estende-se para outras categorias —de locadoras de carro a agências de câmbio, de aplicativos de turismo a serviços on-line. Por mais que a crise econômica justifique uma eventual retração de share no setor, os dados mostram que o crescimento do mercado nos anos anteriores não foi suficiente para gerar repertório e benchmarking em determinados segmentos.

Como também revela a pesquisa, em um setor onde o preço guarda alta correlação com o comportamento de compra, atributos relacionados às marcas acabam por ocupar papel secundário. Para reverter o quadro e aumentar o peso desse fator sobre a decisão do consumidor, investimento em comunicação adequada é fundamental.

Prova disso são as menções concentradas em uma única marca como a que melhor representa o turismo no país, além de alguns destinos que conseguem alto grau de associação com aspectos específicos que martelam o imaginário da população —a gastronomia de São Paulo, a história em Ouro Preto, o Réveillon no Rio de Janeiro, o inverno em Campos do Jordão e o romantismo de Paris, entre outros.

Quando se cruza os resultados por variáveis socioeconômicas, algumas curiosidades são observadas. No geral, taxas de não resposta são mais frequentes entre mulheres do que entre homens, mas em determinadas categorias, as menções femininas se destacam -citações à Itália como destino dos sonhos, por exemplo. Entre elas, o preço também é muito mais citado como fator decisivo na definição da viagem.

Entre os mais jovens, impressiona a força dos Estados Unidos como "o melhor país para se viajar", e também o conhecimento dos aplicativos de viagem para smartphones. No sentido oposto, é um dos segmentos com mais dificuldade em responder à pergunta sobre cartões de crédito internacionais. Valorizam mais o clima e a indicação de amigos no momento de escolherem o destino.

Os que possuem renda superior a 20 salários mínimos, por experiência -é o grupo que mais viajou para fora do país- constitui o estrato que mais cita destinos internacionais. Ficam bem acima da média Suíça no inverno, Grécia no verão, Paris para o romance e Nova York no Réveillon. Como era de se esperar, é também o segmento com menor taxa de desconhecimento sobre bandeiras de cartões de crédito internacionais.

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827 entrevistados
Paulistanos das classes A e B que viajaram nos últimos 12 meses para outros Estados do país. O levantamento foi realizado entre os dias 9 e 14 de junho de 2016

NÍVEL DE CONFIANÇA
95%
Isso significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista

MARGEM DE ERRO
3 pontos (para mais ou para menos)

CRITÉRIO DE DESEMPATE
Para identificar as marcas vencedoras em cada categoria, foi utilizado um teste estatístico que considera a margem de erro de cada percentual em relação à amostra

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