Levar um vinho de casa para o restaurante não deve ser tabu; veja dicas de onde e como fazer isso

Weberson Santiago

Chegar ao restaurante com a bolsinha térmica e entregar ao sommelier uma garrafa de vinho não deve ser tabu.

Essa pode ser apenas uma maneira de beber bem pagando o preço do vinho na loja, mais em conta do que o do restaurante (ainda mais em tempos como esse, de saldão de garrafas).

"É bom para o cliente, que toma um vinho melhor por um preço acessível, e para o restaurante, que pode deixar de investir em um grande estoque", diz Arthur Azevedo, presidente da ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo). "Vinhos caros não estão saindo tanto. E o custo do vinho parado é alto. Além disso, é uma política muito simpática."

Alguns restaurantes não chegam a cobrar, para o serviço de vinho, uma taxa de rolha. E o cliente, em contrapartida, pode fazer uso disso de um jeito bacana, mais gentil (veja dicas ao lado).

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PARA FAZER BONITO
Dicas de atitudes para quando você resolver levar seu vinho para um restaurante.

  • Ligue antes e confira se o restaurante tem o serviço e quanto cobra
  • Escolha vinhos de qualidade, evite os que são apenas baratos
  • Não leve um rótulo que faça parte da carta do restaurante
  • Se não há taxa de rolha, procure compensar o valor na taxa de serviço (subindo os 10% para 15% ou 20%)
  • Ofereça ao sommelier (ou garçom) uma prova do vinho

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Confira casas que não cobram (ou cobram pouco) pelo serviço de rolha aberta, com dicas do que pedir para acompanhar.

Tagliatelle com cogumelos frescos. No Mangiare. Av. Imperatriz Leopoldina, 681, Vila Leopoldina, tel. 3034-5074

Tartare de carne com gema defumada, picles e pipoca. No Petí. R. Cotoxó, 110, Perdizes, tel. 3873-0099 (A partir da segunda garrafa cobra R$ 30)

Udon com nabo, cogumelos, nori, mostarda e molho tsuyu. No Tan Tan Noodle Bar. R. Fradique Coutinho, 153, Pinheiros, tel. 2373-3587

Risoto de tucupi com costela de tambaqui. No Micaela. R. José Maria Lisboa, 228, Jardim Paulista, tel. 3473-6849

Porterhouse com manteiga e tutano. No Kod. R. Simão Álvares, 49, Pinheiros, tel. 3360-8189

Arroz salteado com kimchi e omelete. No Komah. R. Cônego Vicente Miguel Marino, 382, Barra Funda, tel. 3569-7956

Radicchio grelhado com compota de laranja e parmesão. No Chou. R. Mateus Grou, 345, Pinheiros, tel. 3083-6998

Suflê de queijo gruyère e cogumelos. No Marcel. R. da Consolação, 3.555, Cerqueira César, tel. 3064-3089

Curry verde com filé-mignon e abobrinha. No Mestiço. R. Fernando de Albuquerque, 277, Consolação, tel. 3256-3165

Baião de dois. No Jiquitaia. R. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366 (A partir da segunda garrafa cobra R$ 30)

Nhoque de ricota com linguiça e manjericão. No Arturito. R. Arthur Azevedo, 542, Cerqueira César, tel. 3063-4951

Tacos de carne com purê de feijão e ervas frescas. No La Central. Av. Ipiranga, 200, República, tel. 3214-5360

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Bar com a 'comida dos vizinhos' | A chef Tanea Romão (ex-Kitanda Brasil, em MG) está à frente da cozinha do novo Bar Sul, na Vila Madalena. A proposta é de sabores da América do Sul: receitas populares no Brasil, como fígado com jiló (R$ 24) e galinhada com pequi (R$ 29, foto), e em outros lados, como fritada de chancho (costelinha com laranja, por R$ 32) e patacones (R$ 22). Para beber, caipirinhas e outros drinques.

* Bar Sul. R. Mourato. Coelho, 861, Vila Madalena, tel. 3031-8272. De ter. a sex., das 17h à 1h. Sáb., das 16h à 1h. Dom., das 16h à 0h

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