Bartender do Guilhotina oferece coquetéis de receitas complexas em clima informal

Helena Peixoto/Folhapress
São Paulo; SP; Brasil; 11-01-2017: Bar Guilhotina (foto Helena Peixoto/Folhapress)
O bar Guilhotina, em Pinheiros

"Quer mais um para aproveitar o gelo do copo?", pergunta o bartender ao cliente no outro extremo do balcão. O copo seco ainda guarda um bom cubo de gelo. O Guilhotina é um bar de coquetelaria com um tanto de informalidade: um bar "de rua", sem barreiras para a calçada, em que boa parte da clientela fica de pé e sem muitas regras sobre o que se pode ou não beber.

Por outro lado, tem receitas com 12 passos e ingredientes com preparo de meses.

O bartender Marcio Silva, que passou anos em casas da Europa e que abriu o SubAstor em 2009, é o cara por trás de clarificações e infusões feitas para os coquetéis.

"Uma questão dos bares é o preço. Faço o meu próprio rum de especiarias e não preciso cobrar o preço de uma garrafa de R$ 150. Transformo numa de R$ 40", afirma.

Ele diz que o bar é "a reunião de todos os 'nãos'" que ouviu nas consultorias que deu. E reflete sobre o que viu em outros cantos. "Ainda é um bom momento para olhar o de fora, mas o maior desafio do bar brasileiro é encontrar identidade própria. Adaptar técnicas ao nosso local."

Silva afirma apostar na hospitalidade ("a identidade do bem receber"). "Ninguém quer ir ao bar passar um mau momento. As pessoas vão para celebrar o casamento, o divórcio, a promoção e a demissão. Seja qual for o motivo, a experiência tem que ser boa."

R. Costa Carvalho, 84, Pinheiros, tel. 3031-0955. Qua. a sáb., das 17h à 1h. Coquetéis de R$ 24 a R$ 31

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