Alalaô

Gestão Doria quer limitar público e duração de blocos de Carnaval em SP

A prefeitura quer cobrar uma taxa de R$ 240 mil dos blocos que forem estreantes na festa paulistana, queiram desfilar no pré-Carnaval e atraiam mais de 10 mil pessoas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, grupos que se enquadrem nesses três quesitos teriam seus desfiles alocados na avenida Tiradentes. A regra se aplicaria tanto a blocos de São Paulo quanto a outros de fora da capital. Segundo a pasta, o valor foi baseado em "tabelas" da SPTuris e da CET.

"Não é uma taxa criada para este Carnaval. Existem uma medida que cria preços públicos. Fizemos uma conta aproximada do custo que teríamos para esse circuito especial", diz o secretário de Cultura, André Sturm. O valor seria utilizado para pagar a infraestrutura necessária para esses desfiles. A prefeitura não soube informar como medirá o total de público.

Outra mudança será feita na duração do desfiles. Cada bloco terá tempo máximo de cinco horas. Em 2016, cordões tiveram até 12 horas e podiam terminar às 22h, a depender do local.

Quanto ao horário, cada prefeitura regional determina suas regras. Na Vila Madalena, o som deve cessar às 19h, com mais uma hora para a dispersão, "de maneira que às 20h não haja mais foliões em ruas residenciais", diz Sturm. Para esticar, haverá shows no largo da Batata e no Anhangabaú. Blocos estão proibidos de passar por pontes, viadutos e túneis.

Na região de Pinheiros, que engloba a Vila Madalena, os blocos não poderão ter mais de 20 mil pessoas participando e haverá grades para impedir o acesso dos foliões à ruas classificadas como "predominantemente residenciais" ou "exclusivamente residenciais". Essa divisão das vias é feita pelo zoneamento municipal.

O Carnaval de rua terá patrocínio de R$ 15 milhões. Segundo a prefeitura, esse valor deve ser suficiente para cobrir os gastos com a festa. A divulgação da agenda oficial dos blocos está prevista para esta semana.

Publicidade
Publicidade