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| Cena do filme sul-coreano Okja |
O simpático porco-hipopótamo de "Okja", filme disponível na Netflix, é uma boa isca para quem ainda não conhece o vigoroso cinema da Coreia do Sul. Se na música o país asiático ainda só é famoso por "boy bands" de talento discutível, é nos filmes que reside toda a sua originalidade, fruto de uma indústria cultural que se globalizou nos anos 1990.
No gênero do terror, os sul-coreanos substituíram a sanguinolência pela tensão psicológica —e reservaram a violência aos filmes de ação. Já seus dramas ganharam destaque nos festivais internacionais, caso das obras do prolífico Hong Sang-soo ("Certo Agora, Errado Antes") e de Kim Ki-duk, premiado em Veneza por "Pietá".
O curioso interessado pode se iniciar na enérgica produção do país com alguns títulos disponíveis em plataformas sob demanda e em DVD, incluindo obras de Bong Joon-ho, o mesmo diretor por trás de "Okja".
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| Cena de Invasão Zumbi, filme de Yeon Sang-ho |
"Invasão Zumbi"
Não se deixe levar pelo nome. Nada no longa de Yeon Sang-ho aponta para um terror genérico sobre zumbis. A começar pelo ambiente em que a trama se desenrola —o interior de um trem—, sem contar as cenas fantásticas dos cadáveres correndo e pulando por aí, e o fato de que o roteiro esperto faz o espectador ter mais raiva dos vivos do que dos mortos-vivos.
Onde: na Netflix.
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"Oldboy"
Park Chan-wook bota Quentin Tarantino no chinelo com essa violenta trama de vingança sobre um homem que passou 15 anos aprisionado sem saber o porquê. A cena de mais de três minutos sem cortes em que o protagonista enfrenta um corredor lotado de inimigos munido apenas de um martelo é uma das melhores sequências de luta do cinema.
Onde: na Netflix.
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"O Expresso do Amanhã"
Antes de "Okja", Bong Joon-ho adaptou essa história em quadrinhos distópica sobre um trem que abriga uma repressora sociedade de castas com o que sobrou da humanidade. O diretor constrói cenários extravagantes e outros que são puro pesadelo para ambientar a trama sobre um grupo de rebeldes que decide se insurgir.
Onde: na Netflix.
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"A Criada (The Handmaiden)"
Nesse longa de época, lançado em 2016, Chan-wook troca o sangue pela lascívia para contar a história de uma criada coreana que planeja dar o golpe em uma rica herdeira japonesa. As duas acabam tendo um caso, brecha para que o diretor se esbalde na exposição da sensualidade feminina e que muitos encararam como coisa de pervertido.
Onde: no Now e no Hulu (não disponível no Brasil).