Mostra na Pinacoteca reúne trabalhos de 120 artistas latinas de 15 países

Nos anos 1980, o grupo de ativistas feministas Guerrilla Girls espalhou cartazes por Nova York denunciando o pouco espaço para obras de mulheres em galerias e museus.

Então, menos de 3% dos trabalhos em exposição no maior museu da cidade, o Metropolitan, eram de mulheres, mas 83% dos nus pendurados em suas paredes eram femininos.

Aqueles que experimentarem ir ao Louvre ou abrir um livro de história da arte verão que, embora muito representada nos quadros emoldurados, poucas são as mulheres nas etiquetas e legendas das obras.

A partir do próximo sábado (18), porém, será possível ver que, ainda que tenham pouco espaço para serem vistas, as mulheres artistas têm trabalhado -e muito.

A exposição "Mulheres Radicais: Arte Latino-Americana, 1960-1985", que já passou por Los Angeles e Nova York, exibe 280 obras de arte de 120 artistas latinas, de 15 países.

São fotografias, vídeos, pinturas, desenhos, objetos, esculturas, gravuras, registros de performances, colagens e instalações feitas entre 1960 e 1985, período crítico politicamente na América Latina e importante para as conquistas femininas.

Assim, perpassam quase todos os trabalhos as críticas sociais e políticas e o uso do corpo da mulher como meio de expressão, em uma época marcada também por experimentações artísticas radicais.

Algumas das artistas mais notáveis do século 20 estão representadas ali, como as brasileiras Lygia Pape e Anna Maria Maiolino, a chilena Cecilia Vicuña, a cubana Ana Mendieta, a colombiana Beatriz Gonzalez e a argentina Marta Minujín.

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Pina_Luz - Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, tel. 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30. Até 19/11. Ingr.: R$ 6. Sáb.: grátis.

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