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Moda nos anos 1990, perfume unissex ressurge menos neutro do que antes

Sucesso na década de 1990, o perfume unissex estará em alta novamente nos próximos anos, segundo a Robertet, empresa francesa que produz fragrâncias e aromas para indústrias de cosméticos e de alimentos.

A tendência é reflexo de discussões na sociedade sobre gênero, diversidade e quebra de rótulos, de acordo com Cynthia Crespo, gerente de fragrâncias do grupo.

A novidade é que os novos perfumes "genderless" devem ser mais marcantes do que os anteriores, que eram associados a aromas cítricos, conhecidos pelo frescor e neutralidade, segundo ela. Um dos ícones desse estilo é o CK One, da Calvin Klein.

"Hoje, unissex é o homem usar cheiros ligados ao universo feminino, como os florais, e a mulher, ao masculino, como os amadeirados."

Essa e outras tendências do setor foram apresentadas durante um evento promovido pela Robertet no início do mês em São Paulo, que tentou desvendar o que o consumidor desejará nos próximos cinco anos. "Rastreamos as mudanças da sociedade e as traduzimos na forma de cheiros", explica Crespo.

Fragrâncias que remetem ao metal, que têm o aldeído como base, também terão destaque. Os toques metálicos teriam relação com ambientes urbanos e tecnológicos.

Uma das particularidades do aldeído é o seu poder de potencializar o aroma de ingredientes naturais, como flores, aponta Renata Ashcar, especialista em perfumaria. O Chanel n° 5 é um exemplo de perfume com a matéria-prima em sua composição.

Também devem fazer sucesso as fragrâncias à base de ingredientes exóticos e regionais, inspirados em diferentes lugares do mundo. "O objetivo é promover uma viagem sensorial", diz Crespo.

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
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