Os amarelos, laranjas e dourados são uma boa forma de iluminar e esquentar os ambientes em tons cinza, que viraram tendência há cerca de três anos e continuam em uso na decoração.
Adotar esses tons mais fortes, no entanto, costuma causar insegurança.
Um estudo das tintas Coral feito em dez países indicou que 80% dos consumidores sofrem para escolher o estilo de decoração da casa e que mais da metade deles já brigou com o parceiro por causa disso -o principal motivo de discórdia é justamente a escolha das cores.
Por outro lado, a cor tem a vantagem de ser uma das formas mais práticas de mudar a cara e o clima de um ambiente. "Acho bem bacana a volta da cor, a vida está deixando de ser bege", diz a arquiteta Zize Zink, de São Paulo.
"É mais fácil usar cores fortes em escalas mais escuras ou um pouco diluídas. Isso tira um pouco da vibração, mas não impede a criação de contrastes", afirma o designer de móveis Emerson Borges.
Além de usar os tons mais "fechados" (como o amarelo "queimado" ou o laranja-tijolo), Borges recomenda combiná-los com tons terrosos, como marrom, ou com os tais beges -de preferência, não muito claros.
Podem ser puxadores dourados em móveis de madeira ou torneiras em tons de cobre rosado em um lavatório marrom ou cinza.
"Os fabricantes de louças e metais para banheiro já lançaram essas opções no mercado", conta Zinke.
Outras novidades que começam a despontar no mundo da cor para decoração são os azuis e verdes em tons mais profundos ou brilhantes.
Essas cores podem entrar em acessórios ou mobiliário pequeno, como banquetas e mesinhas, que já são encontrados no mercado nesses tons.
Para ousar mais, também também é possível encomendar objetos maiores, como sofás, em verde-esmeralda ou azul-cobalto. Um móvel como esses pode fazer com que uma sala em que predominem os tons neutros pareça totalmente renovada.
Em uma superfície grande como a parede, a dica é usar essas cores em tonalidades mais suaves -como verde-água e azul-claro.
COMBINAÇÕES
Na hora de planejar uma paleta para a casa, Borges recomenda limitar o número de cores. "Três tons bem diferentes entre si é mais do que suficiente", diz.
O ideal é escolher qual será a cor de base e usar as outras em áreas menores.
Se a escolha for por duas cores fortes, evite usá-las em quantidades iguais. "Uma boa proporção é usar 70% de um tom e 30% do outro", diz o designer.
O círculo cromático ao lado ajuda a entender os efeitos obtidos com as combinações de cores.