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imóveis na planta

Especial mostra como estão divididos os últimos lançamentos residenciais entre as cinco regiões da capital paulista; veja o que é preciso ter em mente antes de comprar

Tecnologias permitem ver prédios que ainda não foram construídos

Ao chegar à área da piscina, a primeira reação é dar um passo para o lado para não cair na água. Pura ilusão. As obras do Like Alto da Boa Vista, da Gafisa, em São Paulo, só começam no fim do ano –ainda não há piscina nem outras estruturas levantadas. O impulso de desviar da água só é possível graças a um óculos de realidade virtual.

A tecnologia permite que se faça um passeio por todas as futuras áreas comuns e cômodos dos apartamentos. Conforme a cabeça se move, é possível ter noção de como o prédio ficará, com direito até a uma simulação da vista, da decoração e da rua.

O uso de tecnologia para apresentar algo que ainda não está de pé tem sido instrumento de vendas para construtoras. Nessa "guerra" tecnológica, cada empresa usa uma arma diferente.

Além dos óculos de realidade virtual, a Gafisa substituiu as janelas de um apartamento decorado em Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, por painéis que projetavam a futura vista do imóvel em diferentes horas do dia.

A Tecnisa usou uma impressora 3D para deixar em três dimensões a planta de um empreendimento também na zona oeste de São Paulo. No estande de vendas, disponibilizou o óculos de realidade virtual Google Glass, que permitiu checar a distância entre o prédio e pontos de referência do bairro, como escolas, hospitais e shoppings.

Bruno Santos/Folhapress
A corretora Karina Lemes (36) simula a experiência virtual em um empreendimento
A corretora Karina Lemes (36) simula a experiência virtual em um empreendimento

Por outro lado, a Brookfield preferiu levar o tour 360º, comum em sites, para o Facebook. Em parceria com a rede social e com uma empresa especializada em jogos, fez uma publicação em que é possível explorar uma unidade decorada no prédio Ilha do Verde, na Penha, na zona leste da capital paulista.

Em poucas semanas, o post teve dez vezes mais curtidas e comentários do que a média da página da construtora. A ação também aumentou em 30% o número de cadastros no site de pessoas interessadas em receber informações do empreendimento.

"É difícil para quem nunca fez uma compra desse tipo visualizar um apartamento na planta", diz Fernando Trotta, responsável pela operação da MDL em São Paulo.

Por isso, a incorporadora tem feito vídeos que ilustram um passeio por dentro e por fora das futuras construções. Em breve, há a intenção de fazer vídeos para WhatsApp e instalar mesas digitais interativas nos estandes com as informações dos imóveis.

No Like Alto da Boa Vista, a realidade virtual já substituiu até o apartamento decorado. Entretanto, de acordo com Katia Varalla Levy, diretora de desenvolvimento de produto da Gafisa, a tecnologia não deve aposentar o decorado para sempre. "Pode ser complementar", diz ela.

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De fato, a realidade virtual ainda não é para todos. Há uma rejeição do público mais velho, além de não ser recomendado para quem tem labirintite, por exemplo.

No entanto, o responsável pela MDL acredita que, no futuro, os decorados vão ser menos relevantes para a decisão de compra. "O mercado ficou com uma imagem negativa, porque alguns ambientes mostravam soluções difíceis de serem colocadas em prática", explica Trotta.

O arquiteto Ricardo Abreu Borges diz que já encontrou plantas nas quais os móveis tinham dimensões menores do que são na realidade, além de decorados com armários que não cabiam nem cabides.

"Mas isso é raridade hoje. A maioria das construtoras agora contrata escritórios de arquitetura para fazer as plantas 3D e os decorados, o que ajuda a evitar esse tipo de artifício", conta.

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