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Valor de apartamento na zona sul de SP dobra em cinco anos

Depois de ser assaltada quatro vezes no período de dois anos, a médica Sonia Aparecida Alves, 54, decidiu deixar o Jardim Prudência, na zona sul de São Paulo.

Em 2009, ela comprou um imóvel na planta em um dos prédios que começavam a ser erguidos na Vila Mascote, também na zona sul. Dois anos depois, se mudou. "O apartamento foi entregue no prazo e, durante a construção, pudemos fazer modificações no projeto", conta.

Após a mudança, vieram os problemas. O principal deles era o trânsito que tinha que enfrentar para chegar ao trabalho, na zona oeste. Em 2014, ela deixou o apartamento "em que pretendia viver pelo resto da vida".

Apesar do imprevisto, Alves conseguir vender o imóvel pelo dobro do que havia pago. Isso porque, com o tempo, o bairro viveu um "boom". "Foram erguidos empreendimentos semelhantes, restaurantes, comércio. A região valorizou", diz.

Depois do sucesso, ela repetiu a experiência de investir em imóveis na planta. Em sociedade com o irmão, comprou um estúdio no Brooklin em 2013, receberam as chaves no ano passado e, há três meses, alugam o local.

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O aluguel também foi a alternativa encontrada pelo economista Anderson Soares, 41, quando ele se viu obrigado a mudar de casa.

O apartamento de 64 m² que ele comprara na planta com a mulher em 2004 ficou pequeno depois do nascimento dos filhos, há dois anos. A família, então, deixou o Parque São Domingos e foi para a casa dos pais de Soares, em Perus (ambos na zona norte).

"Hoje, atuo como free-lancer e o valor do aluguel complementa nossa renda", diz ele, que, antes de se mudar, ainda pagando aluguel, enfrentou um atraso de seis meses na entrega do imóvel.
devolução

A analista comercial Eliane Duarte, 35, passou por outro problema. Em 2012, ela deu entrada com o marido em um apartamento na planta na Vila dos Remédios (zona norte). Na época, negociou o imóvel por R$ 346 mil.

Três anos depois, recebeu um anúncio da construtora Even de um imóvel no mesmo prédio por R$ 289 mil.

Duarte entrou com um pedido de devolução do imóvel em novembro. "Era mais vantajoso permanecer no aluguel", diz.

Ações de devolução de imóveis comprados na planta têm crescido em escritórios de direito imobiliário. Em um deles, o Tapai Advogados, o número de processos desse tipo saltou de 73, em 2013, para 542 em 2015.

Procurada pela Folha, a construtora Even disse que, "em função das mudanças mercadológicas dos últimos anos, tem realizado ações pontuais de desconto para algumas unidades".

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