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Zona oeste é a região mais bem avaliada pelos paulistanos

Quase todos os finais de semana, a administradora Mariana Acerbi, 37, leva os filhos João Pedro, 8, e Maria Eduarda, 3, para brincar no parque da Água Branca.

"Minha filha adora correr atrás das galinhas. Lá tem também aquele sorvete antigo, de máquina. Tem sabor de infância", diz ela, que nasceu em Americana, interior de São Paulo, e mora há 15 anos em Perdizes. "Não troco a zona oeste por nada."

Acerbi está em grande companhia. A zona oeste é a região mais bem avaliada pelos paulistanos, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha em abril, com 2.017 moradores da cidade. A nota média é de 7,7 (veja ao lado).

O mesmo levantamento aponta que 62% dos moradores da zona oeste não trocariam de bairro e 67% consideram o lugar onde vivem melhor do que a maioria dos outros. São os índices mais altos da cidade.

Não por coincidência, a zona oeste é também o local onde o metro quadrado foi mais valorizado nos últimos anos.

Segundo dados do Secovi-SP (sindicato do setor), de janeiro de 2010 a maio de 2016 o preço médio do metro quadrado dos prédios da região saltou 200%, de R$ 4.618,16 para R$ 13.874,59.

É um crescimento cerca de 45% maior que o da média de São Paulo e dá à região o título de metro quadrado mais caro da cidade.

Há três razões principais para essa valorização, segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

A primeira é a Vila Madalena, que a partir de 2010 ganhou destaque como "bairro cult", cheio de atrações culturais e boêmias.

O segundo motivo é a dupla Perdizes e Pinheiros, bairros consolidados que atraem diferentes perfis de moradores, de solteiros a idosos.

A terceira causa é a explosão de lançamentos nos últimos anos na Barra Funda.

PERTO DE TUDO

É para a Barra Funda que a aposentada Antonia Fernandez e Fernandes, 74, pretende se mudar quando o Midtown Pacaembu, na rua Olga, ficar pronto, em abril de 2017. Prédio da Setin Incorporadora tem apartamentos a partir de R$ 9.500 o m².

"Dá para fazer tudo a pé. Tem o Sesc Pompeia, os shoppings Bourbon e West Plaza, o Memorial da América Latina. Dá para fazer caminhadas no parque da Água Branca, tomar uma água de coco. Vai ser uma vida mais ou menos como eu levo hoje na Praia Grande", diz ela.

O comércio próximo é a principal vantagem da região, segundo 30% dos moradores ouvidos pelo Datafolha. Em seguida, surgem a acessibilidade, ou seja, o acesso fácil às principais vias e rodovias (25%), e o transporte público próximo (17%).

A perda de tempo no trânsito foi o que motivou o diretor operacional Ricardo Forni, 34, a trocar Higienópolis, no centro, pela região oeste. "Demorava duas horas para chegar no trabalho, na Vila Olímpia. Agora, levo 20 minutos", diz ele.

Antonio Setin, presidente da Setin Incorporadora, afirma que outra vantagem da região é o perfil heterogêneo de preços. "Nos Jardins há imóveis vendidos por até R$ 25 mil o metro quadrado. Mas em bairros como Morumbi existem opções de empreendimentos de classe média."

A construtora lança no mês que vem o Tendência Barra Funda, com apartamentos que variam de 61 m² a 87 m² e R$ 7.800 o m², em média.

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