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melhores bairros

Metade dos habitantes de São Paulo quer mudar de bairro

Para a metade dos paulistanos existe, sim, um lugar melhor do que o próprio lar. Segundo pesquisa Datafolha, 50% dos moradores da capital mudariam de bairro se tivessem condição financeira.

"Percebemos esse desejo de migração em pessoas que vivem em bairros mais afastados de áreas comerciais importantes, como por exemplo as avenidas Berrini, Faria Lima e Paulista", diz Eduardo Schaeffer, que é diretor do portal ZAP Imóveis.

Um levantamento do site, feito a partir de 780 mil buscas, mostra que os lugares mais procurados por quem quer comprar um imóvel nos últimos 12 meses foram Vila Mariana, Bela Vista, Tatuapé, Moema e Pinheiros.

"São regiões com boa infraestrutura e de fácil acesso a áreas comerciais", afirma Schaeffer. Segurança e boa oferta de transporte, de preferência perto de metrô, também estão na lista de desejos.

O artista plástico e administrador de empresas Marcos Cyrne Mello, 55, quer encontrar tudo isso no seu novo endereço, em Perdizes (zona oeste). Em três meses, ele vai trocar uma casa em Alto de Pinheiros (na mesma região) por um apartamento.

Com a mudança, ele pretende ganhar qualidade de vida -que, segundo afirma, pode ser traduzida em menos tempo no trânsito. "Queremos ter uma rotina mais prática, concentrar nossas atividades em um mesmo lugar para não precisar tanto do carro", diz Mello.

para onde eu vou? - Regiões de São Paulo mais desejadas pelos paulistanos que querem se mudar, em %

ONDE MORAR

Escolher um novo bairro é como resolver uma equação matemática. O desafio é encontrar o imóvel com as características desejadas (tamanho, número de vagas e área de lazer) e na localização ideal, observando aspectos como trânsito, segurança, comércio, proximidade com estações de metrô, escolas e hospitais -e até mesmo o preço de produtos em supermercados da região.

Tudo isso sem esquecer o principal: o pacote deve caber no bolso. "É um jogo de escolha e renúncia. É preciso ter consciência de que não conseguimos ter tudo. Tem que colocar na balança e descobrir ao que você dá mais valor", diz Ricardo Paixão, diretor do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).

Para chegar à solução perfeita ele recomenda criar três listas: uma com aspectos imprescindíveis da nova moradia, outra com aspectos desejáveis e uma última com pontos que a pessoa considera irrelevantes.
"Enumerar o que não é importante facilita muito a escolha", afirma.

Para a psicóloga Mariana Garbim, 38, o principal era ficar perto do trabalho e, de preferência, longe do metrô. "Bairros sem metrô têm tudo à mão, inclusive linhas de ônibus", diz ela, que trocou a Liberdade (região central) pela Pompeia (oeste). No novo apartamento, despesas com aluguel e condomínio duplicaram. "Por outro lado, gosto da variedade de serviços que tenho perto de casa."

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