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centro e zona norte

Imóveis compactos dão lugar a unidades de 3 quartos na zona norte

A zona norte sempre foi reduto de prédios econômicos, formados por apartamentos de dois dormitórios. No último ano, entretanto, a proporção de lançamentos de edifícios com esse perfil diminuiu (de 79% para 64%) e a oferta de novos condomínios com três dormitórios cresceu (de 16% para 31%).

Zanone Fraissat/Folhapress
SAO PAULO/SP BRASIL. 08/11/2016 - Apartamento de 297 m no Condominio, The Point localizado na Zona Norte, proximo a Avenida Braz Leme.(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, ESPECIAIS)***EXCLUSIVO***
Apartamento de quatro dormitórios e 297,8 metros quadrados do The Point, em Santana

Os dados da consultoria Geoimóvel mostram ainda que a proporção de vendas de imóveis de dois quartos caiu no mesmo período (de 78% para 64%), enquanto a comercialização de apartamentos de três quartos cresceu (de 16% para 30% das unidades vendidas na região).

"A zona norte passou a ser objeto de desejo das incorporadoras, que observam a vontade que os moradores têm de se mudar para apartamentos maiores, em áreas de acesso mais fácil na mesma região", analisa Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (entidade do setor imobiliário de São Paulo).

É o caso do investidor de empresas Marcos Silva, 47, que vive na região há 30 anos e deixou o Alto de Santana para morar no condomínio The Point, na avenida Braz Leme. Com a mudança, diminuiu o tempo de deslocamento da família para outras regiões da cidade.

"A zona norte e, especialmente, Santana têm clima interiorano, onde as pessoas se conhecem, são lugares acolhedores. É difícil ver alguém que resolve sair daqui. A região é bem provida de todo tipo de serviço", diz Silva.

Entregue em novembro de 2015 pela incorporadora Sabel, o The Point tem duas torres com apartamentos de 472 m² e 297,8 m², comercializados ao preço médio de R$ 12 mil o metro quadrado.

Ao lado do condomínio, a mesma empresa lançará o edifício H300, no início de 2017. O prédio terá 19 apartamentos de 264 m², com valor médio de R$ 10 mil/m².

"Apostamos nessa região de Santana com empreendimentos voltados à família, porque esse é o ponto mais fácil para sair da zona norte. A localização ajuda muito, já que os filhos costumam estudar em outras áreas da cidade", explica Abel Rocha, diretor da Sabel.

MUDANÇA DE PERFIL

A Água Fria é outra área que abriga projetos mais amplos, como os edifícios Allure e Vila Flor, ambos com três dormitórios e metro quadrado estimado em R$ 7.500, em média. Construídos pela Henriplan, o Allure tem 16 apartamentos de 127 m² com três vagas na garagem e será entregue em março de 2017. Já o Vila Flor abriga 32 apartamentos de 90 m² com duas vagas de garagem e fica pronto em maio do ano que vem.

"Analisamos o mercado e percebemos que faltavam imóveis desse perfil no bairro", conta Éder Nunes, arquiteto da Henriplan. "Essa região tem infraestrutura urbana e padrão socioeconômico adequados para receber os empreendimentos."

Outros bairros tradicionais da zona norte também oferecem apartamentos para a família, como o Içara 2, na Vila Maria. Com 72 apartamentos de 93,66 m² e duas vagas de garagem, o edifício da Piatã foi entregue em agosto deste ano. Os imóveis custam em torno de R$ 7.500 o m².

"Existe uma demanda por esse tipo de construção, especialmente os que têm boa área de lazer, como é o caso dos novos empreendimentos desse porte", afirma Sergio Korn, proprietário da construtora Piatã.

O fato de o Içara 2 ter salão de festas chamou a atenção da gerente financeira Jéssica Arra, 28. "Sempre morei na Vila Maria e acho a localização ótima, perto da marginal Tietê e da via Dutra. Escolhemos o imóvel por ter uma área comum bem completa, o que ainda não é tão frequente no bairro", explica.

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