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perdizes e vila leopoldina

Barra Funda tem quarteirão do futebol com escolinha do Barcelona

Há boleiros em todos os cantos de São Paulo, mas, se fosse necessário eleger o maior reduto paulistano de jogadores profissionais e amadores de futebol, a zona da avenida Marquês de São Vicente próxima à estação Água Branca seria forte candidata.

Além dos centros de treinamento de dois dos três maiores times da cidade -o São Paulo e o Palmeiras-, a região conta com a grande área do Nacional Atlético Clube, onde funciona uma das filiais da FCBEscola -escolinha criada em parceria com o Barcelona. Ali perto, ficam ainda o Allianz Parque (estádio do Palmeiras) e a unidade Pompeia do Playball, com locação de quadras e campos.

Para gerentes e proprietários dos estabelecimentos, a localização e o acesso fácil são o motivo da concentração de tantos espaços de futebol. Nilson Romera, dono da Arena WS -que fica dentro do Nacional-, afirma que muita gente sai do trabalho direto para o jogo nas quadras e nos campos da região.

Júlia Vergueiro, sócia-diretora do Pelado Real FC –uma academia de futebol feminino que também usa o espaço do Nacional–, diz que "quase 100% das meninas vêm do trabalho", depois das 19h.

Marcos Borborema, coordenador de eventos do Playball, afirma que a empresa queria à época da abertura "um local de fácil acesso para quem vem de transporte público ou de carro".

Segundo ele, a proximidade de outros empreendimentos de futebol não foi um fator importante, mas serve para divulgar a marca ao público-alvo, já que muitos torcedores passam por ali.

Amigos de escola, Pedro Modesto, 13, e Lucas Bisquolo, 12, treinam futebol na FCBEscola, junto com outros três colegas. Ana do Carmo de Sousa, mãe de Pedro, nota que as amizades de jovens que estudam próximo a este reduto de arenas acaba tendo vínculo com o futebol.

"Eu vejo que os amigos do Pedro estão sempre envolvidos com uma escolinha. Muitos saem de uma peneira e vão para outra", diz ela.

A forte relação da vizinhança com o futebol também se vê entre adultos. Gabriel Colaço, coordenador da FCBEscola, mora perto do Clube Atlético Nacional e divide apartamento com um funcionário de outro clube. "Aqui, você passa na rua e vê o Palmeiras, o São Paulo. Talvez se respire um pouco mais o futebol por conta disso."

Michele Marquezim, analista de interconexão, joga no Pelado Real FC e se mudou há três anos para perto do reduto boleiro. Segundo ela, a proximidade não criou um novo hábito -ela já jogava futebol antes-, mas tornou a ida jogos mais assídua.

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