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Barueri cria núcleo de dança para nova geração de bailarinas profissionais

O Núcleo de Dança de Barueri, na Grande São Paulo, nasceu há pouco mais de um ano, mas já está se comportando como uma criança prodígio.

Ganhou destaque ao participar de festivais regionais e foi um dos locais escolhidos para a pré-seletiva da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, realizada no último mês de abril.

Uma das alunas do núcleo passou para a etapa final da seleção, que será realizada em Joinville (SC), em outubro.

Criado para ser um centro de difusão da arte e de formação, o núcleo de Barueri é uma das poucas escolas de dança públicas profissionalizantes no estado, estruturada em ciclos de ensino para crianças e adolescentes dos 7 aos 18 anos.

Ao todo são 760 vagas. Na primeira seletiva entraram 68 alunos.

Eles foram avaliados por uma banca de bailarinos de renome, como Sílvia Gaspar, do Grupo Corpo, de Minas Gerais, e Paula Castro, que há 40 anos trabalha com formação em dança na cidade de São Paulo.

Na segunda seletiva, neste ano, mais 30 alunos foram aprovados. Cerca de 200 crianças e adolescentes haviam se inscrito para a seleção.

"Na seletiva do Bolshoi foram 250 inscrições. Estamos chegando perto", diz Jean Gaspar, secretário de Cultura e Turismo do município.

Para montar o núcleo, Gaspar chamou a bailarina e professora Ariane Anderaos, 33. Formada pela Escola Nacional de Balé de Cuba, Ariane segue o método cubano nas aulas em Barueri.

O eixo da formação é a técnica clássica, ensinada desde o ciclo preparatório. Mas há aulas de outras técnicas, como dança contemporânea, jazz, circo, além de aulas teóricas sobre história da dança e musicalização.

"É uma escola profissionalizante, por isso é fundamental o aluno aprender vários estilos para se inserir no mercado, que hoje exige versatilidade do bailarino", diz Anderaos.

A carga horária vai de 8 a 15 horas semanais, dependendo do nível do aluno.

As atividades são realizadas no Teatro Municipal de Barueri, tanto em salas que foram reformadas para receber os alunos, quanto no próprio palco do teatro. A reforma custou cerca de R$ 40 mil.

"É um privilégio fazer aula no palco, os alunos ensaiam no próprio local da cena e ficam mais seguros para se apresentar em espetáculos ou festivais", afirma Anderaos.

Para Gaspar, além dessa vantagem, as aulas e ensaios são uma forma de abrir a sala de espetáculos à população e aproveitar melhor esse espaço. Uma apresentação dos alunos está prevista para o dia 30 de junho no teatro.

O núcleo de dança está atraindo a atenção de pais e crianças das cidades vizinhas, como Jandira e Carapicuíba, onde vivem vários alunos.

As premiações e os testes para o Bolshoi aumentaram o interesse da população.

Entre as dançarinas menores, da turma de oito anos, muitas já sonham em dançar em palcos em Cuba, nos Estados Unidos ou na França.

Enquanto isso, realizam suas fantasias ao colocar as sapatilhas, os tutus e fazer os coques no cabelo para as aulas.

"Na aula de balé, você tem que se achar uma princesa", afirma a aluna Isadora Macedo, 8.

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