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Motor turbo dá vitória ao Cruze entre sedãs médios no ranking Folha-Mauá

O Honda Civic Touring (173 cv) chegou com pinta de campeão à pista de testes. Derivado de uma nova plataforma e com equipamentos dignos de sedãs de luxo, tinha tudo para ser o grande vencedor do ano. Mas o Chevrolet Cruze cruzou seu caminho.

O etanol fez diferença. O modelo de origem americana tem motor flex, enquanto o concorrente japonês usa apenas gasolina.

Assim sendo, o Cruze foi o vitorioso em cinco categorias, enquanto o Civic ganhou nas outras três. Pesou a favor do Chevrolet os bons resultados em consumo, enquanto o Honda teve vantagem nas provas de desempenho.

O Citroën C4 Lounge merece menção honrosa. Sua vantagem está no preço, que começa em R$ 73,5 mil na versão Origine manual e motor turbo flex (173 cv). São R$ 51 mil a menos que o pedido pelo Civic Touring, que tem câmbio automático CVT.

SALVEM AS PERUAS

Nas redes sociais, os fãs das peruas apelam: "savethewagons", ou salvem as peruas, é uma das hashtags mais populares no mundo automotivo. Se o esforço vale a pena, boa parte do mérito vai para os modelos VW Golf Variant e Subaru Outback, dois dos raros representantes do segmento à venda no Brasil.

Habilidosas dinamicamente e com amplo porta-malas, agradam a quem gosta de dirigir sem comprometer a capacidade de levar bicicletas, malas ou carrinhos de bebê em uma viagem.

As peruas têm a companhia das minivans, aqui representadas pela Citroën C4 Picasso. Competente em desempenho, também não fez feio em medições de consumo urbano e rodoviário.

O modelo francês tem interior com soluções inovadoras, como o para-brisa panorâmico e o suporte para os pés do passageiro dianteiro, além de três lugares individuais no banco traseiro.

HATCHES MÉDIOS

A idade avançada do 308 não impediu que o hatch da Peugeot fosse o mais rápido entre os médios. Projeto global da marca lançado em 2001 (ainda como 307), o modelo mantém atrativos como espaço interno, design e qualidade construtiva.

Defasado perante a concorrência, tem no motor 1.6 turbo (173 cv) seu maior trunfo. Aliado a um câmbio automático não mais do que razoável, fez o que se espera de um propulsor sobrealimentado: andou bem sem beber muito.

Mais moderno, o VW Golf não ficou muito atrás do 308 em performance e, mais importante em dias de metas ambientais mais rígidas, foi mais econômico do que o hatch de ascendência francesa em todas as situações.

Destaque para a versão Comfortline 1.0 TSI, que além de aparecer nas provas de desempenho, dominou os testes de consumo.

Porém, quem investe R$ 75 mil em um automóvel dessa categoria preza pelo câmbio automático, item que o Golf 1.0 TSI não oferece sequer como opcional. É o carro de entusiastas, mas pouco contribuirá para o aumento das vendas do cada vez mais esquecido segmento de hatches médios.

Editoria de Arte/Folhapress
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