Lançamento de candidatura Maia é forma de elevar cacife do DEM
A tendência, contudo, é de acomodação com Alckmin mais à frente na corrida eleitoral
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O DEM vai ter em Rodrigo Maia seu candidato à Presidência? A resposta é não, deixando aberta, em nome da superstição, uma mísera brecha ao imponderável que vem ditando a política brasileira desde 2013.
E o que permite a existência dessa fenda no edifício de alianças é a fragilidade atual do síndico, o tucanato. Desde 1994, o DEM só não foi com o PSDB de saída quando houve briga entre os condôminos, em 2002.
O cenário decorre do desgaste da liderança tucana, da falta de renovação e pelo peso que o DEM identifica no nome de Geraldo Alckmin. Não por acaso, democratas foram grandes entusiastas do balão de ensaio João Doria presidente.
O desencanto generalizado do eleitorado, medido em pesquisas qualitativas e expresso na pasmaceira aferida pelos levantamentos qualitativos, também contribui para a movimentação dos democratas.
O partido precisa agora fingir que sua força renovada não veio da associação com Michel Temer, cuja radioatividade é tão grande que faz o poderoso MDB se manter na posição de "fazedor de reis" sem um candidato real a monarca na mesma órbita em que estão o PSDB e o DEM.
Maia ganhou poder na chefia da Câmara como parceiro da agenda do governo. E adensou sua posição ao empenhar lealdade quando Temer esteve com a corda no pescoço após o caso JBS.
Como Maia já disse anteriormente, contudo, seu voo é parlamentar no momento. Mesmo a disputa por espaço com outro governista, Henrique Meirelles, não passa de uma acomodação para o jogo à frente.
Nesse contexto, não passou despercebido o apoio que seu pai e mentor, Cesar Maia, deu a Alckmin como presidenciável em detrimento aos que sugerem o nome do deputado federal.
Como afirmou o próprio ACM Neto, agora presidente do DEM e ele sim um nome em ascensão e com votos, a candidatura Maia é algo para ficar no ar até julho.
Depois, cenário mais decantado, será a hora de o síndico chamar uma reunião de condomínio. E o DEM quer chegar com as contas pagas e as faturas, altas.