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Serra da Canastra: Lama dos pés à cabeça
da enviada especial a Minas
Com o período de chuva no Carnaval, o primeiro desafio encontrado na serra da Canastra foram os atoleiros. A lama impossibilitou a visita às principais áreas do parque.
É lá que nasce um rio que corre cerca de 3.000 quilômetros até desaguar no mar: o São Francisco. A cachoeira Casca d'Anta é a primeira queda do Velho Chico.
Terra brasilis
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A surpresa da reportagem foi encontrar, em São Roque de Minas, o festejo de uma Folia de Reis, que sempre ocorre em 6 de janeiro em homenagem aos reis magos.
Para pagar promessas, as pessoas de lá comemoram o Dia de Reis em qualquer dia do ano. Os homens tocam viola. As mulheres cozinham. As crianças ganham balas. Todos rezam na igreja Três Reis e, depois, participam de uma comilança.
Pato muito exigente
Um dos moradores da serra da Canastra é o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus). Ele vive em rios, riachos e ribeirões com água corrente e limpa, cercado de matas ciliares bem preservadas. Por o pato ser muito exigente com seu habitat, ele se torna um indicador de qualidade da água.
O animal chega a medir 50 centímetros de comprimento, tem um bico fino, mas não achatado como seus parentes. Ele se alimenta preferencialmente de peixes e, como mergulha nas águas para pescar seu alimento, ficou batizado como pato-mergulhão.
Segundo a bióloga Ivana Reis Lamas, é uma das espécies de pato mais ameaçadas no mundo.
Menino toma banho de rio
Uma das diversões dos irmãos Johnny, 13, e Antony Kennedy de Souza, 14, é tomar banho no rio São Francisco. Eles moram em Vargem Bonita e contam que já viram seriema, tatu e tamanduá-bandeira em suas andanças pela região da Canastra.
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