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Parque das Emas: Paraíso dos Bichos

da enviada especial a Goiás

Parque Nacional das Emas (GO) é famoso por ser um local onde é fácil ver os animais. Logo na chegada, um tatupeba atravessou o caminho, mas rapidamente se escondeu no meio do cerrado.

Nas estradinhas de terra que cruzam o parque, uma jaratataca, corujas-buraqueiras, tucanos e papagaios também foram avistados. Mas antas, lobos-guarás, veados-campeiros e tamanduás-bandeiras, que também pertencem à fauna da região, não deram as caras aos visitantes.

Para ver a ema, maior ave brasileira (chega a medir 1,5 metro de altura), que dá nome ao parque, é preciso percorrer locais próximos às plantações de soja, espalhadas por todo entorno do lugar. Nos campos, os animais comem as larvas. No último dia de visita à reserva, duas emas correram na frente do carro da reportagem. Foi um adeus tímido, pois, logo que perceberam a presença dos visitantes, as emas deram passos rápidos e se misturaram às gramíneas da vegetação do cerrado.

Os aceiros são os melhores pontos para visualizar os bichos. Os aceiros são faixas de solo com até cem metros de largura que são queimadas anualmente com o objetivo de evitar a propagação de incêndios.

Luzes no cupinzeiro
À noite, os cupinzeiros irradiam uma luz fosforescente em algumas épocas do ano. As larvas dos vaga-lumes, que ali se alimentam dos cupins, produzem essa luz azulada. É o fenômeno da bioluminescência. Pena que o parque não fica aberto no período noturno.

Repare nas pegadas
Tão emocionante quanto ver o bicho surgir na sua frente ou observá-lo no cerrado é ver seus rastros. Com um pouco de atenção, repare nas pegadas dos animais.

No rastro da onça
Uma preciosidade foi descoberta no parque das Emas: um grupo de 15 a 20 onças-pintadas.

O pesquisador de animais carnívoros Leandro Silveira estuda alguns desses felinos na região. "Essas são as últimas onças-pintadas das áreas altas do cerrado", diz Silveira.

As onças são monitoradas com uma coleira que tem um rádio. Assim, o biólogo acompanha todos os passos dos animais. Ele também espalhou câmeras pela região para fotografar a onça sem que ela perceba, já que o felino é sensível à presença humana.

Silveira explica que a onça-pintada marca seu território fazendo coco e xixi, riscando as árvores e vocalizando (com som da voz). Cada onça precisa de cerca de 50 quilômetros quadrados para viver com conforto.

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