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capital humano
01/05/2007
Ex-reduto do crime não vê tiroteio há 4 anos

 

Policiamento comunitário é apontado por moradores como marco do início da paz na favela do morro do Cavalão, em Niterói

Terreno de batalhão da Polícia Militar abriga posto odontológico, palco para apresentações de artistas e espaço para grafitagem


São 16h30 e as crianças correm para abraçar as mães na saída da creche comunitária Irmã Catarina. Sem pressa, a conversa continua no banco da praça. O anoitecer é o aviso para que famílias voltem para casa, mas não como um toque de recolher. É preciso se arrumar para voltar à rua para a festa à noite. É sexta-feira na favela do morro do Cavalão, em Niterói.

Próximo de completar quatro anos sem tiroteios, a violência na porta de casa não é mais assunto recorrente no morro do Cavalão, que já foi reduto do Comando Vermelho. A noite não corre mais sob ameaça, seja da polícia ou de traficantes.

Moradores apontam como marco da mudança a instalação de um batalhão do Gpae (Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais), em dezembro de 2002. "A noite é mais movimentada que o dia. Sexta-feira, então, esse campo aqui fica cheio", conta o estudante João Rafael de Souza, 18.

Apesar da tranqüilidade incomum em relação às outras favelas, o fim dos tiroteios não quer dizer que a criminalidade cessou. O presidente da associação de moradores, Marcos da Conceição, assume que, apesar de o policiamento ter extinguido as bocas-de-fumo e a exibição de armas pesadas, o tráfico ainda persiste no local.

"Se disser [que o tráfico] terminou, vou estar mentindo. Mas onde não tem?", diz.
O Gpae efetuou mais de 200 prisões desde o início da atuação no local. "A criminalidade existe em qualquer lugar. Uma das funções do Gpae é combatê-la", diz o comandante do Gpae do local, capitão Felipe Gonçalves Romeu, 32.

Apesar desses incidentes, a favela é apontada por líderes comunitários do Rio como um modelo de sucesso do que eles vêm pedindo em reunião com autoridades do governo estadual: fim da troca de tiros entre polícia e traficantes para evitar mais vítimas de balas perdidas, com política de policiamento comunitário, acompanhada de projetos sociais e urbanização.

Além do policiamento, o capitão Romeu tem se preocupado com outro expediente: a busca de projetos sociais na favela. "A comunidade confia na gente. O morador de bem sabe que estamos aqui para ajudar."

Para integrar-se à comunidade, a polícia abriu suas portas: o terreno do batalhão abriga um posto odontológico e, periodicamente, recebe um palco para apresentações de artistas na comunidade. No muro, grafites em alusão ao morro e à presença da PM no local.

Nem sempre foi assim. A implantação do Gpae ocorreu após acusações a policiais de terem torturado até a morte o ajudante de pedreiro Francisco Aldir de Souza, 18, em
2002."Foi preciso um ano, com algumas trocas de tiros, para retirarmos a bandidagem de lá", reconhece Romeu.

Sem polícia, urbanização não reduziu crime

Os investimentos no morro do Cavalão chegaram bem antes do batalhão do Gpae (Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais). Em 1992, a favela recebeu asfaltamento de ruas e rede de água e esgoto.

Após dez anos, ocorreu a implantação do Gpae. Foi quando projetos sociais começaram a subir o morro e serviços públicos passaram a ser mais efetivos.
Porém, a experiência do Gpae não obteve o mesmo sucesso em outras áreas. "Se for um morro relativamente tranqüilo, mais pacato, provinciano e isolado de outras favelas, há mais chance de sucesso", afirma o tenente-coronel Jorge Braga.

O morro da Formiga, atendido pelo Gpae do 6º BPM, por exemplo, não oferece nem a urbanização nem o isolamento comentados por Braga.

Italo Nogueira
Folha de S.Paulo



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