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capital humano
01/09/2006
Células com DNA modificado curam câncer terminal

 

Cientistas dos EUA aniquilam tumor de pele em metástase implantando células geneticamente alteradas nos doentes

Técnica foi testada em 17 pacientes com melanoma em estágio final; dois deles se curaram e 13 reagiram parcialmente à estratégia

Cientistas do Instituto Nacional do Câncer dos EUA que usaram células geneticamente alteradas para tratar pacientes de melanoma (tumor de pele) conseguiram algo que pode ser classificado como o primeiro caso de sucesso da terapia gênica contra o câncer.

A técnica foi testada em 17 pacientes, sendo que dois dos quais se curaram. Esse número aparentemente baixo pode ser considerado excepcional, uma vez que todos os voluntários do teste já estavam com tumores em estado avançado e em metástase -espalhando-se para outras partes do corpo. Todos eles já haviam sido submetidos a tratamentos-padrão com quimioterapia e radioterapia sem apresentar melhora.

A estratégia usada pelos cientistas foi estimular o sistema imunológico dos próprios pacientes a reconhecer e atacar os tumores. Para isso, o grupo extraiu linfócitos -células de defesa do organismo- dos doentes e inseriu neles um gene (veja quadro à direita). Depois, os linfócitos eram reimplantados nos pacientes, na tentativa de que fossem acolhidos pelo sistema imune. Uma vez incorporados, eles poderiam reconhecer e atacar o melanoma.

Em dois dos pacientes, as células alteradas se multiplicaram e conseguiram debelar o tumor. Em outros 13, os linfócitos chegaram a proliferar um pouco, mas o câncer não regrediu. Em dois outros pacientes não houve reação nenhuma. "Sei que tive sorte em poder ter me submetido a isso [o tratamento] e reagido bem", disse Mark Origer, 53, um dos pacientes curados.

O resultado dos testes, liderados por Steven Rosenberg, é descrito hoje em um estudo no site da revista "Science" (www.sciencemag.org).

Questão de nome
Rosenberg não se refere ao próprio trabalho como estratégia de "terapia gênica", uma vez que não houve inserção de genes diretamente nos pacientes, mas sim em células reimplantadas. "Podemos pegar uma célula normal de qualquer pessoa e convertê-la em uma célula que reconhece câncer", diz.

Outros cientistas porém, não vêem problema em usar o termo. "É um dos primeiros casos reais documentados de sucesso em terapia gênica contra câncer", diz Patrick Hwu, da Universidade do Texas, ex-colega de Rosenberg. Os cientistas, na verdade, usaram uma estratégia típica de terapia gênica para inserir genes nos linfócitos: um vírus alterado carregava o DNA escolhido pelos cientistas para dentro das células.
Apesar do sucesso com pacientes em estado terminal, a técnica deve levar tempo até poder ser usada como tratamento em larga escala. "Fazer isso na prática é muito complicado", diz José Alexandre Barbuto, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP que trabalha com ferramentas imunológicas contra o câncer. "Não acho que isso venha a se tornar um instrumento de tratamento padrão", afirma.

Alguns grupos acreditam que deve haver maneira mais simples de induzir linfócitos a reconhecer células tumorais, como uma vacina terapêutica, técnica adotada por Barbuto. "Mas o resultado deles foi melhor que o nosso", diz.

Rosenberg reconhece que sua técnica ainda está em um estágio preliminar de desenvolvimento, mas acredita que ela possa trazer algumas vantagens em relação a outras, no futuro. "Ela não é como quimioterapia ou radioterapia, que param de agir uma vez que o tratamento acaba", diz. "Estamos fornecendo células vivas que continuam a crescer e funcionar no corpo."

Rafael Garcia
Folha de S.Paulo.

   

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