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capital humano
04/04/2007
Brasil deixa 18% dos jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, revela estudo

 


Um trabalho divulgado ontem pelo Centro de Políticas Sociais (CPS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulado "Equidade e Eficiência na Educação: Motivações e Metas", revela que 18% dos jovens de 15 a 17 anos no Brasil estão fora da escola. Desse percentual, 11,9% integram o estrato de renda dos 20% mais pobres da população. Um detalhe da pesquisa informa ainda que 8% desses jovens não vão à aula "porque não querem", destaca Marcelo Nery, diretor do CPS e autor do estudo. Segundo ele, dos 10% restantes, 4% não vão à aula porque trabalham, 2% não comparecem porque a escola se situa em locais inacessíveis, e 4% não estudam por outros motivos.

Para Nery, a decisão do governo de dar incentivo a estes jovens para resgatá-los para a escola através do Bolsa Família "é uma boa idéia". A iniciativa é apontado por ele como melhor que a do primeiro emprego, "pois vai atacar diretamente a questão da educação como indutor da redução da pobreza". Ele destacou ainda a importância do recém-lançado PAC Educacional para colocar o ensino básico no centro do debate social brasileiro, saindo da discussão de priorizar a universidade pública.

O trabalho da FGV, que se baseou em entrevistas feitas junto a estes jovens e seus pais e trabalhando com o Suplemento Educacional da PNAD do IBGE, levantou, através da criação de um índice de equidade, em que grau os mais pobres se beneficiam do ensino médio ou da universidade pública. No entender de Nery, se uma parte dos jovens não frequenta a escola "porque não quer", como demonstrou a pesquisa, é importante ter políticas públicas que possam ir além do Bolsa Família, para atrair este contingente "de volta às aulas".

Avaliando as políticas educacionais pelo lado da eqüidade, Nery considera uma política pró-pobre aquela que beneficia mais aos pobres que aos não-pobres. Com base num indicador de eqüidade que vai de zero ( não beneficia nenhum pobre) a valores acima de 1, o economista revelou em seu trabalho que os níveis inferiores de ensino são mais eqüitativos, mais pró-pobres que os níveis mais altos.

Para Nery, a educação faz uma revolução na vida do jovem e impacta não só o emprego e a renda, mas também a saúde e ajuda a resolver a questão da criminalidade. O seu trabalho mostra que a o nível de ocupação dos que pelo menos cursaram o ensino médio para o superior sobe de 68,11% para 78,16%. O impacto sobre os salários também é bastante diferenciado, dependendo do nível de escolaridade de cada um. Os salários do ensino fundamental situam-se na faixa de R$ 517,11, do ensino médio, de R$ 767,08 e do ensino superior, R$ 1.681,52.


Vera Saavedra Durão
As informações são do jornal Valor Econômico

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Alunos ficam menos na escola do que exige lei

Uma pesquisa feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que a permanência dos alunos em sala de aula é um dos maiores desafios do país na área de educação. Estudantes de zero a 17 anos passam, na média, 3,9 horas por dia em aula, menos do que as 4 horas mínimas recomendadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Segundo o estudo, feito a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, em apenas seis unidades da federação -Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro- a média de horas de aula diárias é maior do que o mínimo estipulado pela LDB.

O dado diverge do registro feito pelo Ministério da Educação no Censo Escolar porque o MEC coleta as informações nas escolas, enquanto a Pnad é uma pesquisa em domicílios. Pelo Censo Escolar, a média de horas de estudo por dia no Brasil é de 4,4 e quase todos os Estados cumprem ao menos o mínimo.

Para mapear o problema e orientar políticas públicas, a FGV criou também um índice inédito que avalia a permanência dos alunos por meio de três indicadores: taxa de matrícula, horas de aula por dia e número de faltas.

O resultado apontou que o Distrito Federal tem a mais alta permanência de estudantes -0,68-, seguido por SP (0,66), Espírito Santo (0,64), Rio de Janeiro (0,62) e Minas Gerais (0,62).

Os mais baixos índices foram registrados no Acre (0,39), Amazonas (0,42), Rondônia (0,43), Maranhão (0,43) e Mato Grosso (0,44).

No Distrito Federal, por exemplo, a jornada chega a 4,8 horas. Em SP, é de 4,5 horas. No outro extremo, o Acre mantém estudantes por 3,1 horas em sala de aula.
"Quanto mais a criança ficar na escola mais aprenderá. Por isso, esse índice pode ajudar a definir estratégias", disse Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV e autor do estudo.

Saúde e educação
A pesquisa identificou ainda a correlação entre o maior nível educacional e o estado de saúde das famílias. Segundo Neri, 95% das melhoras percebidas na saúde das pessoas estão relacionadas diretamente ao nível de escolaridade, mesmo quando a renda (outro indicador que leva ao avanço da condição de saúde) se mantém estável. A FGV considerou a avaliação das próprias pessoas sobre seu estado de saúde.

A recompensa
Além da melhora nas condições de saúde, o maior nível de estudo propicia mais chances de se conseguir trabalho e principalmente uma remuneração mais elevada, segundo o estudo.

Para Neri, o chamado "prêmio" da educação no mercado de trabalho se traduz no nível de ocupação: 60,6% dos analfabetos estavam ocupados em 2005, enquanto 81,48% dos pós-graduados tinham emprego.

A educação possibilita também mais ganhos no padrão de rendimento: o salário dos pós-graduados era 540% superior ao dos analfabetos, segundo a FGV.
O salário médio dos analfabetos era de R$ 321,73. Pós-graduados tinham rendimento médio de R$ 3.041.


Pedro Soares
Folha de S.Paulo

   

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