Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Pesquisa realizada pelo Grupo Catho confirma uma mudança
de visão nas empresas no que diz respeito à
contratação. Atualmente, há mais possibilidade
de uma empresa contratar executivos que estejam desempregados
do que empregados. Nos últimos tempos, 63% dos executivos
foram contratados quando estavam sem emprego. Há dez
anos, esse percentual era de 40%.
“A grande diferença entre esses dois períodos
é que antigamente, a empresa escolhia quem ía
demitir e, atualmente, elas mandam profissionais embora ‘a
granel’”, afirma Thomas Case, presidente do grupo
Catho e coordenador da pesquisa. “Se antes havia alguma
desconfiança com relação aos profissionais
demitidos, hoje, as empresas sabem que há muitos bons
profissionais sem emprego”.
Case afirma ainda que outro motivo que leva as empresas a
contratarem mais esse público são as facilidades
para negociação. “As pessoas sem emprego
são menos exigentes e geralmente aceitam a primeira
proposta que recebem”, afirma. “A única
desvantagem desse quadro é que bons profissionais acabam
ficando desempregados e aceitando propostas inferiores às
que mereceriam”.
O presidente ressalta que, ainda que estejam desempregados,
esses executivos deveriam dedicar mais tempo na procura por
um emprego. A pesquisa mostra também que os profissionais
desempregados dedicam apenas 14 horas por semana, em média,
na busca por um trabalho. |