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MUTILAÇÃO DE ÁRVORES
02/04/2004
Paulistanos protestam contra cortes de árvores

“É muito triste que tudo o que eu possa fazer, no momento, é relatar minha frustração ao passar na rua Dr. Altino Arantes, na Vila Clementino, e constatar com espanto que haviam cortado duas árvores muito antigas (talvez com mais de 50 anos) localizadas em frente ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, no número 225. Minha primeira reação foi olhar para cima para ver se o assassinato foi causado por causa de fios elétricos. Fiquei estarrecido: não havia nada entre o céu e a terra, nenhum poste, nada! Cortaram à toa, talvez por algum capricho de algum imbecil. Morei muitos anos no Rio de Janeiro, uma metrópole caótica, mas por outro lado bastante arborizada, onde dificilmente você precisa caminhar debaixo de sol (há sombra em quase todas as ruas!). Como existe rede elétrica por lá também, porque não tentarmos aprender como eles fazem para conciliar os dois mundos, ao invés de sairmos destruindo nossa cidade? Neste infame episódio de extermínio verde, o pior de tudo é que, além do prejuízo estético, a Prefeitura de São Paulo está plantando um clima ainda pior para seus habitantes. Não entendo por quê... As árvores que se foram, foram-se. Iguais a elas só daqui a uns 50 anos ou mais... lamento”,
Mauro Escobar - mauroesc@yahoo.com

“Nós, que passamos todos os dias pelo Largo do Socorro, zona sul da cidade, sentimos em ver que a Prefeitura de São Paulo, para correr com uma obra (corredor de ônibus), arrancou praticamente todas as árvores da praça perto da ponto do Socorro. Esse espanto é justificado, já que todos sabemos dos problemas que São Paulo enfrenta com as enchentes, provocadas naquele ponto e em outros pela falta de solo (árvores, jardins) para absorção da água. E, no entanto, o que é feito? Arrancam-se todas as árvores para pavimentar uma área, na qual a pavimentação não seria necessária, pelo menos não desta forma irracional. Perguntamo-nos, então, e esse foi também o e-mail que mandei para o Ibama, se o órgão não faz a fiscalização destas obras, não questiona a retirada indiscriminada das árvores. Quem decide sobre isso, sendo que ao mesmo tempo os cidadãos estão prestes a receber um imposto a mais sobre área pavimentada? Nós teremos que pagar por algo que a própria Prefeitura faz piorar? Peço a gentileza de uma informação a respeito. Não temos mais muito tempo para salvar nosso planeta, que tal começarmos cuidando dos nossos jardins e árvores. Com certeza não podemos aceitar mais uma destruição como essa do Largo do Socorro”,
Dorothea Rentel - drentel@terra.com.br

“Há cerca de dois anos, acordei em um domingo de manhã com o som de motoserras mutilando uma seringueira próxima à minha residência. Moro à rua Bela Cintra, 282, ao lado, portanto de Higienópolis, separado apenas pela Consolação. Não é uma região tombada, mas creio que este não é o ponto, pois mesmo regiões não tombadas não podem ser vítimas de tamanha violência.
Esta árvore, foi podada nos últimos anos duas vezes. Na primeira vez, tive a mesma experiência de Giselda – a de não ter a quem recorrer, pois para podar uma árvore desta escala, é necessário o fechamento do trânsito e portanto estas podas são feitas aos domingos.

Na segunda vez, pedi aos funcionários que me mostrassem a autorização para poda. Desilusão total: a poda era autorizada pela engenheira agrônoma da prefeitura (desafortunadamente não me recordo seu nome, Rosa alguma coisa, talvez).

Sou artista plástico também. Não conheço Giselda Leirner pessoalmente, mas não creio ser necessário algum senso estético para ver que estas árvores não são podadas. São, isso sim, mutiladas.

Esta árvore fazia conjunto, na minha paisagem, com outras duas seringueiras que estão no terreno do meu prédio. Estas, eu não deixo podar desta forma nem que tenha de subir num galho alto com minhas duas crianças. Mas o que podemos fazer com tantas árvores assim mutiladas em São Paulo? Esperar chegar ao ponto da zona leste, que é alguns graus mais quente devido a inexistência pura e simples de árvores?”,
Fábio Miguez - fmiguez@uol.com.br

“Em Higienópolis foram duas árvores, mas aqui, na minha região, o que se vê é um verdadeiro assassinato ao pouco verde da nossa cidade. Não bastasse a retirada das árvores da avenida Cidade Jardim, em favor de uma obra de duvidosa necessidade, estão pelando o final da avenida Nove de Julho. Querem replantar as árvores retiradas da Cidade Jardim, que não se sabe se irão brotar depois de sofrerem tanta brutalidade. É um sistema, a meu ver, de inusitada burrice. Ontem, ainda, constatei a retirada de árvores na avenida Faria Lima para ali construir o alojamento de funcionários. Há poucos meses, essas árvores deram um show de beleza com seus cachos de flores amarelas enfeitando a cidade.

A região estará realmente mudada. Onde existiam árvores frondosas, teremos mais carros, que para não pararem no cruzamento das avenidas Faria Lima com Cidade Jardim, provavelmente ficarão parados pelo acúmulo de automóveis que a cidade tem. Só mais metrô aliviará parcialmente o nosso sistema viário. Chega de obras eleitoreiras !!! Não sei se é porque acompanho de perto esta obra, acho que, sem dúvida, ela é a campeã no extermínio do verde na cidade. Será que São Paulo não é capaz de eleger um alcaide que realmente pense no bem do município que está à beira do caos?”
Maria do Carmo Aranha de Ávila - lacerdaavila@uol.com.br

“No bairro onde moro, Tatuapé, cada dia que passa é uma árvore que, misteriosamente, desaparece do dia para a noite, ou a copa é totalmente cortada. Nossos "cidadãos de papel" preferem ficar sem a árvore do que ter que varrer a calçada”
Déborah Annunziato - deborahannunziato@yahoo.com.br

“No Bairro Cerqueira Cesar/Jardins, onde as alamedas já não mais justificam sua denominação -, as árvores somente são podadas ou cortadas após um engenheiro agrônomo da comunidade local certificar a necessidade da poda ou remoção. A subprefeitura envia comunicação e a entidade de bairro concorda ou não, após a vistoria. Como conseguimos isto? Há um ano, inconformada com a "detonação  de árvores" que estava ocorrendo no bairro, recorri ao Ministério Público do Meio Ambiente. Protocolei  procedimento, onde denunciamos os atos de mutilação que a Prefeitura de São Paulo vinha praticando. Informamos que grande parte das podas eram feitas pela Eletropaulo, mas sempre em conjunto com o Poder Executivo e os cortes normalmente são feitos à pedido de comerciantes, para visualizar suas placas e fachadas.

Atualmente, temos um projeto de replantio de árvores e quando a prefeitura corta uma árvore que DEVE ser cortada, imediatamente plantamos outra no local (espécie nobre, nacional, recomendada para paisagismo urbano - ipês rosa, amarelo, roxo, branco) . O processo está em fase de constatação e pericia e, para variar, a prefeitura diz que a responsabilidade é da Eletropaulo e esta, de que a culpa é da prefeitura. Vamos apurar! Queremos responsabilizar e cobrar ressarcimento EM MASSA ARBÓREA, todo o verde que nos foi tirado.   

MANDADO DE SEGURANÇA AV. IBIRAPUERA: Como o tempo urgia, não tive outro meio senão impetrar mandado de segurança para as árvores em perigo naquela área, com a feliz aquiescência do PARTIDO VERDE, que ao nosso ver deve ser o guardião do verde e meio ambiente. Pretendemos mobilizar a população, para mostrar que, entre asfalto, fiação, fachada e árvore, a prefeitura opta por detonar o verde”,
Célia Marcondes- celia.candida@aasp.org.br

“Quando li seu texto, lembrei na hora de um caso parecido que aconteceu comigo há uns 2 anos. Moro num apartamento na região do Horto Florestal e tivemos problemas com uma Paineira lindíssima de uns 35 anos de idade. Conseguimos contratar um engenheiro agrônomo para
tratá-la mas não deu muito certo. Foi uma confusão para acharmos alguém para socorrê-la e, depois de tentativas frustadas (prefeitura, ONG´s, Instituto Florestal, polícia ambiental, etc), a árvore ficou muito doente e não tivemos outra escolha se não podá-la, ou melhor, mutilá-la. Uma pena. Senti-me anos impotente por não ter conseguido cuidar daquela querida árvore. Hoje, recebi uma notícia que me deixou bastante preocupada: outra árvore pode ser cortada no prédio onde moro. E o que mais me deixa indignada é a justificativa: está levantando a calçada da rua! Tenho a impressão de que a natureza precisa, constantemente, ser moldada por razões cretinas. Depois dessas experiências, resolvi fazer alguma coisa: faço mestrado em História e falo da relação sociedade natureza, especificamente, da relação da cidade de São Paulo e o Parque Estadual da Cantareira. Espero que possa discutir e encontrar soluções para algumas questões que me incomodam”,
Ana Carolina M. Ayres - acmayres@uol.com.br

“Na rua Sete de Novembro, Parada Inglesa, efetuaram o corte de árvores sem nenhum planejamento. Concordo que as árvores estavam destruindo os fios, mas um ambientalista deveria ter acompanhado  o corte. Infelizmente, minha comunidade não é organizada e interessada sobre esses assuntos”,
Eduardo Barreto Batista - eduardo.barreto@funcesp.com.br

“O parque do Ibirapuera tem um curso muito bom de jardinagem e paisagismo. Por que não ensinar aos funcionários da prefeitura essas amputações no pouco verde que existe na cidade?”,
Marcelino França - cybershot@bol.com.br

“Moro no bairro de São Miquel Paulista e plantei, no terreno da minha casa, várias árvores frutíferas, como a jabuticabeira. Também plantamos flores no jardim. Acho que são iniciativas válidas para melhorar o ambiente da cidade. Se cada cidadão cultivasse o verde na própria casa, São Paulo iria agradecer”,
Marcos Paulo Dias - marcosp.dias@ibest.com.br

“Em Porto Alegre temos problemas semelhantes. Eu mesma sou uma "refugiada ambiental" do alargamento da Av. Dom Pedro II, que custou a vida de mais de 500 árvores só no bairro onde vivo - por coincidência, também chamado de Higienópolis. Aliás, o problema da urbanização predatória por aqui inclusive levou ao surgimento do "Porto Alegre Vive", movimento de bairros contra a desfiguração e deterioração ambiental causada pelo atual plano diretor”,
Monika Naumann, Porto Alegre-RS - monika_naumann@yahoo.com

   

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