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16/10/2006
Prefeito "louco" mobilizou a sociedade

 

Filósofo, matemático e pedagogo, Antanas Mockus assumiu, em 95, a prefeitura de Bogotá e, em meses, determinou que bares fechassem mais cedo para reduzir riscos provocados pelo álcool. Apanhou não só dos amantes das noitadas, mas porque a medida parecia sem importância numa cidade convulsionada pela guerra de quadrilhas, com 4.300 assassinatos por ano.

No auge da polêmica, ele levou um grupo de jovens ao cemitério; era exatamente o número dos que teriam morrido, segundo os cálculos da prefeitura, sem a "lei seca". Tirou uma foto deles na frente das covas e lembrou que, naquele momento, já estariam não em cima, mas debaixo da terra. Virou a opinião pública a seu favor. "O crime é o resultado do fracasso da pedagogia." Por causa dessa idéia, tratou de adotar ações para mudar a cultura do morador e, assim, gerar um ambiente mais pacífico.

Não foram poucos os que o chamaram de "louco" e "palhaço" quando ele contratou mímicos. "O trânsito, com seus inúmeros acidentes, era o melhor reflexo de nossa selvageria." Os motoristas não tinham o hábito, por exemplo, de respeitar a faixa de pedestres. E, aí, entravam os mímicos, fazendo brincadeiras com os transgressores, obviamente constrangidos. As multas viriam mais tarde. A prefeitura distribuía centenas de milhares de cartões que mostrassem aprovação e desaprovação.

"Rapidamente, as pessoas, em vez de xingar ou de sequer reclamar, mostravam os cartões. Crianças aprenderam a vaiar quem avançasse na faixa."

Para que todos visualizassem os traumas de trânsito, Mockus mandava pintar cruzes no asfalto exatamente no local em que ocorriam os acidentes. Criou o hábito de divulgar todos os meses, sem exceção, a estatística de homicídios na cidade, acompanhada pela opinião pública como se fosse resultado do campeonato de futebol.

Tal atitude educativa, segundo ele, deveria ser levada para atividades da cidade. Os centros de recuperação de jovens infratores são tidos como modelo mundial -extremamente focados na aprendizagem e administrados por uma entidade privada.

Coluna originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano.


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