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24/06/2005
Queda de homicídio em Cidade Tiradentes é de 69%

Os índices de homicídios ocorridos em Cidade Tiradentes apresentam constantes diminuições. Os úlltimos dados da região revelam que na comparação entre 2004 e 2001 esse tipo de crime caiu 60%.

Índices de homicídios em Cidade Tiradentes

Ano 2001- 143 homicídios
Ano 2002- 110 homicídios
Ano 2003- 086 homicídios
Ano 2004- 056 homicídios

Dados atuais referentes ao período de janeiro a abril deste ano com o mesmo período em 2004 revelam uma queda de 25% nos casos de homicídios ocorridos na região.

Quando comparado com os cinco primeiros meses de 2001 com igual período de 2005, a redução é de 69%. De Janeiro a Maio de 2001, tínhamos 62 homicídios contra 19 de Janeiro a Maio de 2005.

Isso contribuiu para que não tenha sido registrado nenhum caso de homicídio desde janeiro de 2002, segundo dados do 54º Distrito Policial de Cidade Tiradentes. O bairro comemora três anos sem Chacinas na região.

A diminuição nos índices de homicídios na região de Cidade Tiradentes também está constatada nos números da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).

Segundo o órgão, as mortes violentas caíram 53% na comparação entre 2004 e 2001, sendo que neste período a taxa de homicídios por 100 mil habitantes diminuiu 59%.

Cidade Tiradentes 2001 a 2004(taxa de homicídios calculada por 100 mil habitantes)

Ano 2001 - 150
Ano 2002 - 123
Ano 2003 - 122
Ano 2004 - 070


Veja a explicação da Polícia

Redução dos crimes
A redução da criminalidade na região de Cidade Tiradentes se deve, principalmente, ao fechamento de bares e à intensificação do combate ao tráfico de entorpecentes. Isto porque o ambiente dos bares, com pessoas alcoolizadas, favorece a incidência de crimes como os homicídios. O tráfico de drogas, por sua vez, também é um potencializador da ocorrência de crimes contra a vida.

Projetos contra a violência e a favor da vida em sociedade
A Polícia Militar desenvolve o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) cujo objetivo é ensinar técnicas de autocontrole e resistência às pressões de amigos e traficantes de drogas a alunos da 4ª série do Ensino Fundamental. Um soldado aplica o curso nas escolas da região de Cidade Tiradentes. Neste primeiro semestre de 2005, quatro colégios foram atendidos, beneficiando cerca de 700 alunos. No ano passado, cerca de nove escolas receberam o Proerd, atingindo aproximadamente 1.300 crianças.

“Na região da 3ª Cia, o soldado Rogério Adriano, que trabalha há vários anos na região, também realiza um trabalho preparatório com os alunos que cursam as 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental. Ele passa recomendações iguais às do Proerd, que auxiliam muito na prevenção dos casos”, diz o Major Artêncio, comandante do 28º Batalhão.

A diretora da Escola Estadual Barro Branco, Eloide Moreno de Lima, apóia o programa e diz que os pais das crianças participam ativamente do curso, que teve início no colégio no ano passado: “Já formamos uma turma com 80 alunos da 4ª série”. De acordo com ela, além da conscientização, os estudantes estão mais bem informados sobre os perigos da droga. A meta da PM é ampliar o atendimento no segundo semestre de 2005.

Parceria com o Conseg
Segundo Wilson José dos Santos, presidente do Conseg Cidade Tiradentes, a parceria com a PM rendeu dois projetos de destaque.

Desde 2003 o Conselho, em parceria com a polícia e o comércio do bairro, levou 900 crianças da região da favela em seis passeios no Zoológico de SP. “Os policiais atuam como monitores, em contato direto com as crianças. O efeito é que a figura do policial passa a ser vista com mais respeito e confiança, além da criança levar essa imagem para a família e amigos”, diz.

Neste ano, por falta de recursos junto à iniciativa privada (comerciantes locais) ainda não foram realizados novos passeios. “Mas pretendo fazer dois até o final de 2005”, afirmou Santos.

O segundo projeto é de Valorização dos Policiais. Mensalmente, o Conseg levanta junto ao Comandante da 3ª Cia. e o delegado da região quais foram os policiais que mais se destacaram em seu trabalho.

“Os critérios são dados pelos próprios policiais, como bom desempenho em operações, maior número de prisões, etc.”, explica Wilson. Durante as reuniões dos Consegs, os policiais são homenageados frente à comunidade, que passa a conhecê-los pessoalmente. “A iniciativa privada local nos ajuda muito, oferecendo de locações de vídeo a atendimentos odontológicos gratuitos para quem se destaca”. No ano passado, as homenagens ocorreram em todos os meses, e neste ano apenas em janeiro e fevereiro. “Em março, abril e maio estivemos voltados à eleição da nova diretoria”, explica Wilson, que foi reeleito para mais dois anos à frente do Conselho.

Projetos Policiais
Em março de 2004, a polícia deu início o Projeto Corujão, com o objetivo de estruturar melhor as equipes de investigação. Foram criados setores para cuidar de crimes específicos, como o setor de homicídio e o de tráfico de drogas. O projeto teve a finalidade de melhorar a qualidade da investigação policial.

De acordo com o delegado Luiz Carlos do Carmo, titular da 8ª seccional, de março de 2004 a abril de 2005, o resultado na região foi excelente: “100 prisões temporárias foram decretadas, 137 prisões preventivas foram realizadas, 47 interceptações telefônicas e 77 flagrantes de tráfico de entorpecentes efetuados”. O aumento dos esclarecimentos e uma conseqüente diminuição da sensação de impunidade resultaram numa maior credibilidade da Polícia.

Todos esses resultados tornaram a investigação policial mais eficiente, tanto no colhimento de provas e indícios de crimes quanto na procura, identificação e prisão dos autores.

O relacionamento entre a polícia e a comunidade ficou mais próximo com as reuniões por meio do CONSEG (Conselhos Comunitários de Segurança). Nesses encontros, a polícia busca atender reivindicações da população, mostrar projetos e resolver questões relacionadas à segurança.

De acordo com o Major Antônio Carlos Artêncio, comandante do 28º Batalhão, responsável pela região de Cidade Tiradentes, ações como blitze e conseqüentes prisões foram realizadas para diminuir os índices de criminalidade.

Com a maior divulgação das reuniões e participação da comunidade, foi possível identificar os locais, horários e dias da semana de maior incidência de homicídios para direcionamento de operações militares. Foram intensificadas as blitze abordando ônibus, carros e motocicletas, a fim de encontrar entorpecentes e armas.

Em 2004, essas operações resultaram na prisão de 236 criminosos e na apreensão de 95 armas na região de Cidade Tiradentes.

As informações são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

   

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