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aprendizagem
23/03/2005
Pescadores paulistas, passam por curso de capacitação

Está terminado o segundo módulo de um curso de capacitação para mais de 50 pescadores, realizado na cidade do Guarujá (litoral sul de São Paulo), praia de Perequê, pela ONG Água Viva, que tem como prioridade temas ligados a recursos hídricos e seus envolvidos. Guarujá é a primeira cidade a participar do Projeto de Capacitação dos Pescadores da Pesca Artesanal do Litoral Paulista, realizado por meio da emenda no Orçamento da União apresentada pela Deputada Federal Mariângela Duarte (PT-SP).

Os próximos municípios a se beneficiarem da capacitação serão Bertioga, Itanhaém, Cananéia, Iguape, Peruíbe, São Vicente e Ilha Bela, todos em São Paulo. "Estes foram os dois primeiros módulos, de dez, do projeto. Depois de capacitarmos os pescadores das outras cidades, começaremos os próximos dois módulos, provavelmente no semestre que vem", explica o presidente da Água Viva, Guilherme Masek.

Cada módulo dura uma semana, sendo que o primeiro "Processamento de Pescado", tratou da pesca do início até manipulação e conservação do pescado e como vender um produto de qualidade. Já no segundo módulo, "Conservação e Comercialização", os pescadores aprenderam como agregar valor a seus produtos e como conservá-lo adequadamente: "As capacitações profissionais têm sempre um pano de fundo de conscientização ambiental", explica Masek.

Os próximos temas do curso de capacitação devem abordar o aproveitamento do couro de peixe, a legislação da pesca, os motores marinhos, os materiais utilizados na pesca e o artesanato do mar. O projeto, que conta com profissionais e professores de outras regiões como Santa Catarina, deve capacitar pelo menos 960 pescadores só neste ano e deve beneficiar indiretamente cerca de 3 mil pessoas, entre familiares e outros envolvidos na cadeia produtiva do litoral paulista.

Preservação da Água
Ainda segundo o presidente da Água Viva, além do interesse em aprimorar seus conhecimentos, os pescadores têm uma preocupação latente com o meio ambiente e sua conservação, especialmente com água: "A grande maioria já tem essa consciência ambiental, mas por desconhecimento às vezes acabam cometendo alguns erros. Quando aprendem como conservar o meio ambiente, tornam-se fiscais da natureza", orgulha-se o presidente da ONG que é membro fundador da Comissão Educação Ambiental.

Para as comemorações do Dia Internacional da Água, a ONG Água Viva está apoiando diversas ações locais da Baixada Santista entre os dias 15 e 22 de março. Além desse apoio a ações locais e projetos do Comitê de Educação Ambiental, a ONG começou no último dia 15 de março, uma ação nos manguezais da região em que leva pescadores em dois barcos para recolherem lixos dos mangues: "O Mangue é o berço da vida marinha", explica o presidente da Água Viva que irá acompanhar os pescadores na Vila dos Pescadores, São Vicente e Bertioga.

A ONG Água Viva já promoveu orientação de banhistas e turistas do litoral paulista, com o apoio da prefeitura e com monitores do grupo de jovens da ECO-Profissionalizantes (UNESCO), com o objetivo de promover a conscientização ambiental de adolescentes que moram na periferia dos núcleos urbanos. "Era uma ação de reeducação e não só distribuição de sacolinhas", como explica Masek.

A ONG Água Viva surgiu através de um processo evolutivo da preocupação de um grupo de pessoas com o Meio Ambiente, mais especificamente com a situação das Águas em 1999, justamente quando o planeta comemorava, simbolicamente, o nascimento do seu hexabilionésimo habitante e muitas questões eram levantadas, tais como: Até quando haverá Água suficiente para a humanidade? Como alimentar essa população? O que fazer para preservar o Meio Ambiente? Qual o destino final dos resíduos sólidos?

"Queríamos despertar a busca de soluções dos problemas das Águas, sempre destacando a necessidade de preservar e explorar racionalmente as potencialidades naturais, elevando o conceito de desenvolvimento sustentável", explica texto de apresentação da ONG que continua: "Ao olharmos mais atentamente para o nosso país, percebemos que temos quase 9 mil quilômetros de litoral e as duas maiores bacias fluviais do planeta (cerca de 20% da água potável do planeta), entretanto, nossa produção de pescado é muito baixa (cerca de 1% da produção mundial)", completa.

O resultado de todas essas indagações e análises foi a criação, em julho de 2000, do Centro Educacional Água Viva - CEAVI, uma organização sem fins lucrativos, voltada à Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Aqüicultura.

Entre os muitos projetos realizados pela Água Viva um dos destaques fica por conta do "Água é Vida" que visa difundir entre os estudantes a importância da Água, as formas de preservação, os riscos que ameaçam mananciais e o seu uso racional, criando a conscientização. "Para tanto, vamos realizar palestras, sobre o ciclo da água, formas de contaminação, o desperdício e a sua condição de recurso não-renovável. Após assistir a palestra o aluno poderá participar do concurso de redações, que selecionará e premiará as melhores redações por município e da Região", esclarece Guilherme Masek.

Serviço:
Centro Educacional Água Viva - CEAVI
Rua Amador Bueno, 198 – Santos/SP.
(13) 3232 4588 – ceavisantos@ig.com.br

LISANDRA MIOLI
do site setor3

 
 
 

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