Governo
pretende investir na criação de vagas para jovens
Para reduzir
a participação do jovem na criminalidade, o governo
federal começará a discutir a modelagem final do Programa
do Primeiro Emprego da Juventude. A proposta foi uma das bandeiras
da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A idéia
do programa é que o governo banque metade das despesas que
a empresa que aderir ao programa tiver com a criação
de posto de trabalho que caracterize primeiro emprego. Durante um
ano, a empresa que aderir ao programa será responsável
pelo pagamento de um salário mensal equivalente a um salário
mínimo (hoje valendo R$ 200), recebendo um incentivo no mesmo
valor do governo para financiar as despesas trabalhistas resultantes
da criação dessa nova vaga.
Para receber
o incentivo, entretanto, a empresa precisará se comprometer
a não fazer demissões para compensar a nova vaga criada.
Não poderá também deixar de honrar o pagamento,
sob pena de se tornar devedora da União. Além de obter
mão -de-obra mais barata, a empresa que aderir ao programa
deverá receber um certificado de qualidade social do governo
Lula por sua participação nessa ação.
Leia
mais:
- Governo pode antecipar despesas com criação
do primeiro emprego
Leia
também:
- Desemprego
é maior entre os jovens
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
Governo
pode antecipar despesas com criação do primeiro emprego
Para reduzir
a participação do jovem na criminalidade, o governo
federal começará a discutir a modelagem final do Programa
do Primeiro Emprego da Juventude. A proposta foi uma das bandeiras
da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela prevê
que governo vai bancar metade das despesas que a empresa que aderir
ao programa tiver com a criação de posto de trabalho
que caracterize primeiro emprego. E está em estudo a possibilidade
do governo bancar as despesas integrais nos primeiros seis meses
e a empresa assumir a totalidade das despesas nos seis meses seguintes.
Durante um ano,
a empresa que aderir ao programa será responsável
pelo pagamento de um salário mensal equivalente a um salário
mínimo (hoje valendo R$ 200), recebendo um incentivo no mesmo
valor do governo para financiar as despesas trabalhistas resultantes
da criação dessa nova vaga.
Para receber
o incentivo, entretanto, a empresa precisará se comprometer
a não fazer demissões para compensar a nova vaga criada.
Não poderá também deixar de honrar o pagamento,
sob pena de se tornar devedora da União.
Além
de obter mão -de-obra mais barata, a empresa que aderir ao
programa deverá receber um certificado de qualidade social
do governo Lula por sua participação nessa ação.
"Será uma espécie de ISO social que será
dado as empresas participantes, que certamente terão retorno
de imagem favorável", explica o ministro do Trabalho,
Jaques Wagner.
Para facilitar
a adesão das empresas ao programa, Wagner admite que o governo
poderá se responsabilizar durante os primeiros seis meses
pelo pagamento de todas as despesas com os jovens empregados nesse
programa. "Esse foi o modelo adotado no Rio Grande do Sul pelo
governo estadual num programa semelhante. O governo paga seis meses
com o compromisso da empresa de pagar por mais seis meses. Lá
deu certo. Trabalharam com jovens de 16 a 22 anos. E no final de
três anos e pouco de experiência há 17 mil jovens
empregados. A taxa de permanência média tem sido de
70%. Ou seja: depois de passada a obrigação da empresa,
70% dos jovens estão sendo mantidos na própria firma",
explica o ministro.
Wagner já
conseguiu incluir no Orçamento uma dotação
de R$ 15 milhões para financiar as primeiras despesas com
o programa. Mas os recursos podem até aumentar dependendo
da adesão das empresas. "Sobre os recursos necessários
prefiro fazer a conta ao contrário. Quero saber qual a disponibilidade
das empresas para saber qual é o tamanho dos dois primeiros
programas pilotos que devemos montar em duas regiões diferentes
do Brasil", diz o ministro.
"Se você
botar R$ 200 por cabeça, por mês, 10 mil novos postos
custariam ao governo R$ 2 milhões mensais. Acho que é
razoável. Se ele já estiver funcionando integralmente
no segundo semestre, em seis meses serão R$ 12 milhões
gastos com o programa. O que não é tanto dinheiro
assim diante do alcance que o programa poderá ter. E não
chega nem ao total do que está previsto na rubrica orçamentária,
que destina R$ 15 milhões para o programa", acrescenta.
Para tirar o
programa do papel, o ministro quer discutir seu formato com Lula
e com outros ministros. "Existem algumas dúvidas quando
você fala da modelagem que será usada. Começa
por onde? Por micro e pequena empresa ou pelas grandes? Pega primeiro
que setores? Turismo, serviços ou algo mais genérico?
Concentramos dois programas pilotos em duas regiões, no Nordeste
e no Sul, com características diferentes para ver os resultados
e depois ampliamos? Essa modelagem não está totalmente
montada", avisa.
Na avaliação
de Wagner, o programa poderá ser um passo efetivo na disputa
contra o crime organizado pelos jovens do País. "Dos
18 aos 24 anos, a população masculina do Brasil diminui
e desce um degrau semelhante a de um país em guerra. Quando
um país está em guerra, quem vai lutar? São
recrutas, jovens de 16 até 20 e poucos anos, do sexo masculino,
que morrem nas batalhas. O corte do Brasil é igual. Só
que aqui o garoto morre de bala, de overdose. Está claro
que é preciso disputar essa juventude com o crime organizado."
(Valor -
06/01/03)
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
|