Crise energética
acaba gerando empregos
O setor elétrico
acabou virando uma mina de empregos com a corrida do governo, das
empresas e investidores para evitar os apagões. Se forem
considerados os empregos indiretos criados pela proliferação
de canteiros de obras, chega-se a quase 375 mil postos de trabalho.
A construção e ampliação de usinas hidrelétricas
e termelétricas e a instalação de novas redes
de transmissão, já envolvem investimentos da ordem
de R$ 21,5 bilhões, gerando pelo menos 125 mil empregos diretos.
Ao todo, estão
em andamento 22 projetos hidrelétricos e 15 termelétricos,
além da instalação de seis mil quilômetros
de linhas de transmissão. Com as oito novas hidrelétricas
e os 10 projetos de distribuição, cujas obras terão
início nos próximos dois anos, o total de empregos
diretos no setor chegará a 185 mil postos até 2003.
Esse número sobe para 550 mil empregados se forem considerados
os postos criados indiretamente.
Esses projetos
não incluem os industriais de co-geração. Nem
os programas para a utilização de fontes de energia
alternativas. O potencial de expansão é bem maior.
Uma pesquisa da Simonsen Associados revela que as intenções
de investimentos das empresas do setor elétrico totalizam
US$ 41,562 bilhões, o que corresponde a 35,7% do total de
US$ 116 bilhões detectado pela sondagem.
Leia
mais
|
|
|
Subir
|
|
Obras
emergenciais do setor elétrico já estão gerando
375 mil empregos
A corrida do
governo, das empresas e investidores para evitar os apagões
está transformando o setor elétrico numa mina de empregos.
Atualmente, as obras em execução no setor, como a
construção e ampliação de usinas hidrelétricas
e termelétricas e a instalação de novas redes
de transmissão, já envolvem investimentos da ordem
de R$ 21,5 bilhões, gerando pelo menos 125 mil empregos diretos.
Se forem considerados os empregos indiretos criados pela proliferação
de canteiros de obras, chega-se a quase 375 mil postos de trabalho.
Os dados são de levantamento da Associação
Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib).
Ao todo, estão
em andamento 22 projetos hidrelétricos e 15 termelétricos,
além da instalação de seis mil quilômetros
de linhas de transmissão.
No Estado do
Rio já foram iniciadas as obras de construção
de três termelétricas, gerando cerca de três
mil empregos. A Termo Rio, em Duque de Caxias, tem cerca de mil
operários trabalhando. A Eletrobolt, em Seropédica,
tem 800 operários, enquanto a Macaé Marchant tem cerca
de 1.200 trabalhadores.
"É
o lado bom da crise de energia. Além de ampliar a oferta
de empregos, as obras são geograficamente distribuídas
nas diferentes regiões do país", diz o presidente
da Abdib, José Augusto Marques.
O levantamento
da entidade só leva em conta os novos investimentos já
licitados pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) e cujas obras estejam em andamento. Com as oito novas hidrelétricas
e os dez projetos de distribuição recentemente licitados
pela Aneel, cujas obras terão início nos próximos
dois anos, o total de empregos diretos no setor chegará a
185 mil postos até 2003, contingente que sobe para 550 mil
empregados se forem considerados os postos criados indiretamente.
Dos 22 projetos
de hidrelétricas já em curso, 20 são tocados
pela iniciativa privada. A Tractebel do Brasil, dona da Gerasul
e acionista da Cesp Paranapanema e Cesp Tietê, está
envolvida em duas obras. Tem 17% da Usina de Machadinho, na fronteira
de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, e toca sozinha a obra
da Usina de Cana Brava, norte de Goiás. O projeto de Cana
Brava, orçado em US$ 400 milhões, é o primeiro
do país com financiamento do Banco Interamericano de Investimentos.
"Esse tipo
de crédito abre uma nova era nas construções
de usinas, que antes dependiam de verbas orçamentárias,
licitações e burocracia. Os novos contratos são
mais rápidos: a liberação dos recursos é
certa e as construtoras ficam obrigadas a cumprir prazos",
diz o presidente da Tractebel Brasil, Maurício Bähr.
Os dois projetos
do governo são as ampliações de Itaipu, que
até 2003 terá mais duas turbinas gerando 1.400 MW
adicionais, e Tucuruí, a maior de todas as obras, que ganhará
quatro novas unidades geradoras e 1.500 MW.
"Esses
são os planos para tirar o país da crise. Não
incluem, portanto, os projetos industriais de co-geração.
Nem os programas para a utilização de fontes de energia
alternativas", acrescenta Marques.
O potencial
de expansão é bem maior. Pesquisa da Simonsen Associados,
divulgada na semana passada, revela que as intenções
de investimentos das empresas do setor elétrico totalizam
US$ 41,562 bilhões, o que corresponde a 35,7% do total de
US$ 116 bilhões detectado pela sondagem.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
|