|
Brasil
percebe que educação é chave para o crescimento
econômico
A revista Exame
apresentou, em sua reportagem de capa, um panorama da atual educação
brasileira: após décadas sem investir, o Brasil parece entrar agora
no hall dos países que consideram a educação importante para o desenvolvimento
econômico.
"A educação funciona como um motor do crescimento", diz o economista
Ricardo Paes de Barros, diretor de Políticas Sociais do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e um dos maiores especialistas
brasileiros no tema.
A repetência, uma das caras características dos sistema educacional
barsileiro, apresenta uma tendência positiva, a exemplo dos países
europeus. Em 1982, 76% dos jovens do ensino fundamental não estavam
na série correspondente à sua idade. Esse número caiu para 46% em
1998.
É no ensino médio que está o grande desafio para os próximos anos.
A tendência é que o crescimento observado, superior a 10% ao ano,
continue. O desafio é seguir criando vagas sem que a qualidade caia.
Os governos estaduais, como o de São Paulo, adotaram políticas baratas
e simples visando a qualidade do ensino, como aumentar a autonomia
de gastos de cada escola e separar alunos mais velhos dos mais novos.
O MEC (Ministério da Educação) criou um fundo de incentivo ao ensino
fundamental, o Fundef, para ser administrado pelos municípios.
A desigualdade de renda ainda é um dos entraves para o acesso democrático
à educação no Brasil. O mercado reflete as diferenças na educação,
basta comparar os rendimentos de um frentista ao de um médico. O
processo torna-se um ciclo vicioso.
A chamada Nova Economia, ou economia do conhecimento, ganhou fôlego
com a ascensão da Internet e intensifica a necessidade de uma educação
de qualidade . Felícia Madeira, do Seade, de São Paulo, traduz esse
conceito para o mundo do trabalho: "Ninguém mais quer ser atendido
por pessoas sem preparo".
|
|
Subir
|
|
|
|