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Semana de 11.06.01 a 17.06.01

 

Países da AL dependem do dinheiro de seus expatriados

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostrou o peso que as remessas de dinheiro de latino-americanos morando no exterior têm na economia de seus países de origem. No total, são mais de 23 bilhões de dólares remetidos anualmente para a América Latina. Os valores não são tão significativos para a economia dos países que mais recebem, como México e Brasil, mas é essencial para nações mais pobres, como Haiti, cujo volume de remessas equivale a um quinto de seu Produto Interno Bruto, e Equador, onde o dinheiro dos expatriados já é a segunda fonte de receita do país.

(Veja)

 

 
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Eles remetem muito dinheiro

Sabe qual o mais valioso produto de exportação da América Latina? A mão-de-obra. Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estimou que os trabalhadores latino-americanos no exterior enviam anualmente mais de 23 bilhões de dólares para seus países de origem - isso computando apenas as remessas feitas via banco. É um dinheiro suado, que o emigrante envia para ajudar a família ou fazer a poupança que um dia permitirá que abra um negócio na terra natal. Com 18 milhões de mexicanos vivendo nos Estados Unidos, o México é o país que mais recebe. São 10 bilhões de dólares por ano. É um dinheirão, que equivale a mais de dois terços de toda a exportação de petróleo do México. Em segundo lugar está o Brasil. Os mais de 2 milhões de brasileiros que moram fora enviam para cá cerca de 4,5 bilhões de dólares por ano. É uma quantia que equivale a menos de 1% do PIB, mas significa quase o triplo do que o país exportou de café no ano passado e mais que o total arrecadado com o turismo estrangeiro durante todo o ano.

As principais remessas vêm dos Estados Unidos (onde moram 700.000 brasileiros), do Paraguai (350.000) e do Japão (250.000). Apenas 2 bilhões de dólares chegam pelas vias oficiais ao Brasil. Como as taxas bancárias e os impostos comem mais de 20% do valor da remessa, muitos emigrantes trazem esse dinheiro clandestinamente ao retornar em férias ao Brasil, entregam a familiares que os visitam por lá ou fazem transações através de casas de câmbio.

Em números absolutos, a República Dominicana está em terceiro lugar, com 1,8 bilhão de dólares. Isso decorre de uma conta impressionante: dois de cada dez dominicanos vivem nos Estados Unidos. Os números mexicano e brasileiro impressionam pelo volume, mas se diluem devido ao tamanho gigante de suas economias. Em países menores, as remessas representam a própria sobrevivência das contas públicas.

O Haiti recebe um volume de remessas que corresponde a duas vezes o total de suas exportações, ou quase um quinto do PIB. Na Colômbia, de onde milhares de pessoas vão embora todos os anos, escapando do narcotráfico e da guerrilha, as remessas não param de crescer. A quantidade de dinheiro que entra no país já alcançou a metade do valor das exportações de café. Nos últimos dois anos, 500.000 equatorianos deixaram o país, e os dólares enviados por eles já são a segunda fonte de receita do Equador, perdendo somente para a exportação de petróleo.

El Salvador, que tem 20% de sua população vivendo fora do país, principalmente nos Estados Unidos, recebe uma quantia que supera em sete vezes o total de investimentos externos no país. É tão dependente do dinheiro que vem de fora que o governo pediu ao presidente George W. Bush a extensão do visto de permanência de salvadorenhos em território americano, a fim de conseguir mais 300 milhões de dólares para a reconstrução do país, atingido por terremotos.

(Veja)

 
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