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Países
da AL dependem do dinheiro de seus expatriados
Um estudo do
Banco Interamericano de Desenvolvimento mostrou o peso que as remessas
de dinheiro de latino-americanos morando no exterior têm na
economia de seus países de origem. No total, são mais
de 23 bilhões de dólares remetidos anualmente para
a América Latina. Os valores não são tão
significativos para a economia dos países que mais recebem,
como México e Brasil, mas é essencial para nações
mais pobres, como Haiti, cujo volume de remessas equivale a um quinto
de seu Produto Interno Bruto, e Equador, onde o dinheiro dos expatriados
já é a segunda fonte de receita do país.
(Veja)
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Eles
remetem muito dinheiro
Sabe qual o
mais valioso produto de exportação da América
Latina? A mão-de-obra. Um estudo do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) estimou que os trabalhadores latino-americanos
no exterior enviam anualmente mais de 23 bilhões de dólares
para seus países de origem - isso computando apenas as remessas
feitas via banco. É um dinheiro suado, que o emigrante envia
para ajudar a família ou fazer a poupança que um dia
permitirá que abra um negócio na terra natal. Com
18 milhões de mexicanos vivendo nos Estados Unidos, o México
é o país que mais recebe. São 10 bilhões
de dólares por ano. É um dinheirão, que equivale
a mais de dois terços de toda a exportação
de petróleo do México. Em segundo lugar está
o Brasil. Os mais de 2 milhões de brasileiros que moram fora
enviam para cá cerca de 4,5 bilhões de dólares
por ano. É uma quantia que equivale a menos de 1% do PIB,
mas significa quase o triplo do que o país exportou de café
no ano passado e mais que o total arrecadado com o turismo estrangeiro
durante todo o ano.
As principais
remessas vêm dos Estados Unidos (onde moram 700.000 brasileiros),
do Paraguai (350.000) e do Japão (250.000). Apenas 2 bilhões
de dólares chegam pelas vias oficiais ao Brasil. Como as
taxas bancárias e os impostos comem mais de 20% do valor
da remessa, muitos emigrantes trazem esse dinheiro clandestinamente
ao retornar em férias ao Brasil, entregam a familiares que
os visitam por lá ou fazem transações através
de casas de câmbio.
Em números
absolutos, a República Dominicana está em terceiro
lugar, com 1,8 bilhão de dólares. Isso decorre de
uma conta impressionante: dois de cada dez dominicanos vivem nos
Estados Unidos. Os números mexicano e brasileiro impressionam
pelo volume, mas se diluem devido ao tamanho gigante de suas economias.
Em países menores, as remessas representam a própria
sobrevivência das contas públicas.
O Haiti recebe
um volume de remessas que corresponde a duas vezes o total de suas
exportações, ou quase um quinto do PIB. Na Colômbia,
de onde milhares de pessoas vão embora todos os anos, escapando
do narcotráfico e da guerrilha, as remessas não param
de crescer. A quantidade de dinheiro que entra no país já
alcançou a metade do valor das exportações
de café. Nos últimos dois anos, 500.000 equatorianos
deixaram o país, e os dólares enviados por eles já
são a segunda fonte de receita do Equador, perdendo somente
para a exportação de petróleo.
El Salvador,
que tem 20% de sua população vivendo fora do país,
principalmente nos Estados Unidos, recebe uma quantia que supera
em sete vezes o total de investimentos externos no país.
É tão dependente do dinheiro que vem de fora que o
governo pediu ao presidente George W. Bush a extensão do
visto de permanência de salvadorenhos em território
americano, a fim de conseguir mais 300 milhões de dólares
para a reconstrução do país, atingido por terremotos.
(Veja)
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