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Cinema

02/04/2007
Diretores escolhem vizinhos do Minhocão como tema de documentário

João Batista Jr.


"Ele é um problema urbano. Faz sombra no térreo dos prédios, tem muito barulho nos 3,5 quilômetros de sua extensão e é muito sujo. Tem tudo que não está ligado à qualidade de vida". A descrição do Minhocão é do arquiteto João Sodré que recebeu, ao lado do também arquiteto Paulo Pastorelo e da antropóloga Maíra Bühler, o prêmio de melhor Documentário Nacional da 12º edição do festival "É tudo Verdade".

"A idéia de fazer o filme veio de uma tentativa de participarmos de uma competição (pela prefeitura) sobre 50 documentários de bairros, em 2005. Não tivemos nosso projeto que seria sobre Campos Elíseos aprovado, mas saímos com a idéia de fazer um documentário sobre o Minhocão". O filme sobre o Elevado Costa e Silva tratou de forma diferente a vida daqueles que têm a mais notória via expressa de São Paulo como paisagem de suas janelas.

"O filme na verdade pode ser um objeto de reflexão sobre a cidade e a vida urbana. Achamos que essa curiosidade sobre as perspectivas dos outros é o que melhor define o nosso trabalho, que é, sobretudo, um mergulho no espaço afetivo dessas pessoas que habitam a região central da metrópole", destacaram os diretores.

Durante três meses de pesquisa, visitaram 140 prédios e entrevistaram 25 pessoas, mas "apenas 18 deles aparecem no filme. Muitos ajudaram na pesquisa e no mergulho na vida dos moradores", informa Sodré.

O Minhocão surgiu como tema de documentário porque "ele dá a oportunidade de fazer uma obra espacial, com um mergulho na vida das pessoas. É um espaço cinematográfico, no sentido de dar a possibilidade de explorar os dois lados, o de cima e o de baixo, com planos-sequência muito bons", ressalta a equipe.

"A idéia de fazer um filme sobre o Minhocão já existia há algum tempo nas nossas cabeças, porque é uma forma de refletir sobre a cidade, tema que sempre foi importante para nós. Eu e Paulo somos arquitetos e a Maíra é antropóloga. Vale ressaltar que a "A oportunidade para realizar este filme foi dada pelo edital DOC TV III da TV Cultura e do Ministério da Cultura para documentários de 52 min, no qual fomos contemplados com um dos oito prêmios do Estado. A versão que participou do festival É Tudo Verdade, tem 75 minutos. Para realiza-la foi necessário um novo investimento por parte da Primo Filmes, produtora da versão longa metragem do Elevado 3.5", finalizam os diretores.

Clique no link para assistir traillers dos documentários integrantes do 12º Festival É tudo verdade. O Elevado 3.5 é a quarta sequência.

   
 
 
 

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