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evento
05/05/2005

Seminário discute regras para controlar ONGs

Cristina Veiga
especial para o GD

O quê as organizações não-governamentais têm em comum? Quais entidades devem receber ajuda de custo do governo? Essa verba deve ou não ser controlada? Quem deve desempenhar este papel? Estas questões foram amplamente debatidas por cerca de 400 pessoas durante o seminário Marco Legal das ONGs, realizado na Câmara, em Brasília, ao longo da última quarta-feira (04/04).

Mas as repostas para estas perguntas ainda estão longe de aparecer. "Este seminário é apenas o início de uma longa discussão", acha o diretor geral da Associação Brasileira das ONGs (Abong), Jorge Eduardo Saavedra Durão, que não acredita em definições antes de 2007. Mas ele tem claro, desde já, dois aspectos. O primeiro é a necessidade de se fiscalizar toda organização não-governamental que recebe verba de governo. O segundo é tornar essa fiscalização desnecessária quando a verba vem da iniciativa privada.

"O governo não tem nada que meter o bedelho em organizações da sociedade civil que fazem parceria com empresas privadas. Já prestamos conta de rigorosamente todo o recurso gasto. Aliás, não só do que gastamos mas também como gastamos porque o parceiro quer é resultados", afirmou Durão ao site Aprendiz logo depois de o senador César Borges (PFL-BA) ter acusado as ONGs de desinteresse pela regulamentação de seus afazeres. "Ninguém nunca me procurou", queixou-se publicamente o parlamentar.

"Como não? Tentamos falar com o senhor várias vezes. Não conseguimos, o que é diferente", retrucou um dos diretores da Abong, José Antônio Moroni, também publicamente. Os ânimos chegaram a ficar um pouco exaltados, mas nada que levasse à definição das questões que estavam e estão em pauta. Atualmente, tramitam sete projetos de lei no Senado e 17 na Câmara sobre a regulamentção das ONGs. O senador pefelista é, inclusive, autor de um substitutivo já aprovado pela Casa determinando que as ONGs prestem contas para o Ministério Público independentemente de onde vierem os recursos que mantêm seus projetos.

"O Estado não pode ser assaltado pelo crime organizado", chegou a dizer o parlamentar insinuando que há desvio de recursos nas organizações não-governamentais. Na verdade, segundo esclareceu ao Aprendiz mais tarde, o senador acusa políticos em geral de usarem as ONGs para escaparem do cumprimento de leis que exigem, por exemplo, licitações para realização de obras. Como a legislação sobre ONGs e entidades filantrópicas são mais flexíveis, os políticos estariam usufruindo dessa brecha legal para beneficiarem conhecidos.

   
 
 
 

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