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falta de planejamento
09/03/2004
Pochmann: índice de desemprego é catastrófico

SÃO PAULO. O secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da prefeitura petista de São Paulo, Márcio Pochmann, afirma que falta ao governo estabelecer metas sociais que permitam aos gestores da área econômica e financeira ter maior entendimento sobre o que provoca os “assustadores índices de desemprego”.

Pochmann, um dos mais importantes auxiliares da prefeita Marta Suplicy, sugere que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva crie uma “meta de emprego”, a ser fielmente obedecida, como vem acontecendo com as metas de inflação ou de superávit primário.

Agenda oficial
Em meio à polêmica sobre a nota em que a executiva do PT pediu, na sexta-feira, que o governo federal dê novo rumo à política econômica, Pochmann engrossa o coro dos que defendem a diversificação na agenda oficial.

"Todo mundo cobra que o governo cumpra metas de inflação ou de superávit primário. Mas, se houvesse uma meta de emprego ou de linha de pobreza, os gestores públicos da área econômica e monetária teriam um componente a mais de análise e maior entendimento sobre os problemas do país", analisa Pochmann, para quem o desemprego atingiu “índices catastróficos”.

Números do IBGE indicam que o desemprego aumenta em grande escala a cada ano. Em 1989, cerca de 1,8 milhão de brasileiros não tinha trabalho em todo o país. Em 2002, o número pulou para 7,9 milhões. No mesmo período, a população economicamente ativa (PEA) cresceu, em média, apenas 3,2% ao ano.

Para Pochmann, o problema deveria ter tratamento semelhante ao dado a questões de calamidade pública:

"O desemprego deveria ser tratado como caso de calamidade pública. Quando acontece uma catástrofe, o governo libera recursos. O mesmo raciocínio deveria ser aplicado à questão do desemprego, que já é catastrófica".

Na opinião do petista, o programa do governo para tentar reverter a situação não tem surtido o efeito esperado na campanha, quando se prometia a geração de dez milhões de novos postos de trabalho em quatro anos de governo.

"O diagnóstico do governo era de que havia problema de demanda, e não de oferta. Acontece que algumas decisões foram tomadas e até agora os índices ainda são assustadores", diz Pochmann.

Em São Paulo, a maior vitrine e também a maior vidraça do PT nas eleições municipais, os números também preocupam. No ano passado, a cidade chegou a ter um índice de 15% de desempregados entre a população economicamente ativa, com cerca de 1,1 milhão de pessoas atingidas.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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