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INVESTIMENTO NECESSÁRIO
16/05/2005

Fundeb não poderá elevar despesa da União

BRASÍLIA (DF) - A versão final da emenda constitucional que cria o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) terá um artigo garantindo que a União fará os investimentos necessários sem aumentar suas despesas, cortando em outros pontos do orçamento e cumprindo as metas fiscais.

O texto, preparado pelo Ministério da Educação, faz um agrado à equipe econômica do governo mas, mesmo assim, ainda não satisfez o Ministério da Fazenda.

O projeto vai incluir, como acertado na última semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os valores a serem investidos ano a ano pela União e ainda determina que esses recursos serão reajustados todos os anos pelo índice oficial de preços ao consumidor, o IPCA.

Começam em R$ 1,9 bilhão no ano que vem - se o projeto for aprovado a tempo - e chegam a R$ 4,3 bilhões, corrigidos, a partir do quarto Ano.


Nota de rodapé
"A Fazenda ainda tem dúvidas técnicas sobre a possibilidade de serem colocados valores explícitos no texto da emenda constitucional", explicou o ministro da Educação, Tarso Genro.

Por isso, o texto que foi encaminhado para a análise da Casa Civil na quinta-feira contém uma nota de rodapé mostrando que existe a possibilidade de uma emenda constitucional conter valores. O exemplo seria a criação do Fundo contra a pobreza, que determinava, na lei, que o fundo teria R$ 4 bilhões.

Na verdade, a equipe econômica não gostaria de determinar na lei os valores que a União deve aplicar a cada ano. A intenção era deixar o valor para a regulamentação e não determinar uma escala de investimentos a ser determinada no orçamento a cada ano.

Com isso, seria possível o governo federal determinar, de acordo com seus interesses, o quanto gastar a cada ano.

Apesar dessa resistência, é pouco provável que o projeto sofra mudanças significativas na Casa Civil, já que o ministro-chefe, José Dirceu, apóia o projeto da Educação.


Metas fiscais
A equipe econômica ganhou, no entanto, o artigo que vincula o uso do dinheiro da União para o Fundeb ao corte em outras áreas. O artigo, o último da proposta, foi feito a pedido de Lula.

Coloca que, para garantir o dinheiro do Fundo a União terá que reduzir outras despesas, inclusive de custeio, além de cumprir as metas fiscais determinadas pelo governo.

"É uma proposta modesta e totalmente compatível com a política econômica. Não tem nenhum exagero investir R$ 4,3 bilhões na educação, considerando-se que os juros e encargos da dívida esse primeiro quadrimestre do ano foram de R$ 27,5 bilhões", disse o ministro da Educação.

Tarso acredita que, se cumpridos os prazos determinados por Lula, a proposta deverá estar no Congresso nos próximos dez dias.

"Já conversei com o presidente da Câmara (Severino Cavalcanti, PP-PE) e ele nos deu todo para uma tramitação rápida, porque esse projeto é muito importante para o Nordeste", disse o ministro.

LISANDRA PARAGUASSÚ
da Agência Estado

   
 
 
 

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