prestação de contas
19/02/2008

Prefeito terá de apresentar metas de governo até três meses depois de eleito

Heitor Augusto


A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou nesta terça, 19, o projeto de emenda à Lei Orgânica 008/07, que obriga que o prefeito eleito apresente, até três meses depois de ter tomado posse, um Programa de Metas. O PL não estabelece, porém, uma punição caso as metas não sejam cumpridas.

“A punição é política, não penal. O descumprimento não o torna inelegível”, afirmou José Police Neto (PSDB), líder do governo na Câmara. O prefeito eleito não será retirado do cargo caso descumpra as metas, mas pode sofrer um processo de improbidade administrativa. O PL prevê também que o representante do Executivo vai divulgar semestralmente “os indicadores de desempenho relativos à execução dos diversos itens do Programa de Metas”.

“A nova medida vai aumentar o poder de fiscalização da população”, afirma Oded Grajew, um dos líderes do Movimento Nossa São Paulo, organização que esteve por trás da redação e aprovação do PL. Por ser uma alteração à Lei Orgânica do Município, não há necessidade de ser sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab. Ou seja, com a aprovação desta tarde, a obrigatoriedade do Programa de Metas já passa a valer para as eleições de outubro de 2008.

Desenvolvimento sustentável, inclusão social, função social da propriedade e universalização do atendimento dos serviços públicos são alguns dos critérios que servirão como indicadores de desempenho das metas estabelecidas pelo candidato eleito. (leia a íntegra aqui)

Unanimidade
O Projeto de Lei 008/07 foi aprovado por unanimidade – necessitava de, no mínimo, 38 votos favoráveis. Todos os 55 vereadores já haviam endossado a aprovação do projeto. Durante a votação, o plenário da Câmara foi ocupado por organizações que pressionaram pela aprovação do PL. Entre elas, a Atletas pela Cidadania, ONG que apoiou formalmente a obrigatoriedade do Programa de Metas.

“É um instrumento concreto para a população”, acredita Ana Moser, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei e diretora da ONG. A Atletas pela Cidadania foi criada para pressionar a contratação de jovens por meio da Lei do Aprendiz. Além de Ana, os ex-jogadores Raí, Hortência e Zetti estiveram presentes na votação.

   
 
   
 

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