cultura
23/06/2008

Festival leva dança às ruas do centro

Realizado pelo Sesc, o evento "Visões Urbanas" tem cias. brasileiras e internacionais interagindo com o espaço urbano

Mostra tem performances em palcos inusitados, como uma tirolesa presa entre dois prédios da rua 24 de Maio e um andaime

Atenção, pedestres que costumam circular na região da praça da República, no centro: de hoje até sexta-feira sua rotina não será a mesma. No meio de uma caminhada, você poderá avistar um bailarino subindo pelas paredes dos prédios ou até interagir com um artista dançando ao seu lado.

Tendo como quartel o Sesc 24 de Maio, começa hoje, ao meio-dia, a terceira edição do festival Visões Urbanas, cuja proposta é "criar um diálogo entre o corpo e a cidade, tendo a dança como interlocutora". Neste ano, oito companhias -entre elas, uma da França e outra da Espanha- vão se apresentar ao ar livre, mostrando que há uma competente produção de espetáculos idealizados para o meio urbano.

Desde que criamos o festival, em apenas dois anos percebemos o crescimento de pesquisas de criação em paisagens urbanas", diz Mirtes Calheiros, curadora do evento que, desde 1999, faz coreografias para palcos nada tradicionais com sua companhia, Artesãos do Corpo.

A abertura hoje ficará a cargo dos franceses da Cie. Retouramont, com a performance "Danse et Architecture". Com a ajuda de uma tirolesa presa entre os prédios de duas galerias da rua 24 de Maio, quatro bailarinos farão acrobacias nos ares. Em seguida, às 13h, é a vez da Cia. Linhas Aéreas, de São Paulo, apresentar uma encenação misturando circo e dança contemporânea, num andaime montado em frente ao Sesc.

Até sexta-feira, grupos como a Benvinda Cia. de Dança, da mineira Dudude Hermann, ou a Ana Andréa Arte Contemporânea tomam ruas e fachadas para oferecer um novo olhar da cidade. O "Visões Urbanas" faz parte da rede internacional "Cidades que Dançam", que reúne eventos de 21 cidades de diferentes partes do mundo.

"A dança apresentada no meio urbano ajuda o cidadão a perceber que a rua é dele, que foi feita para as pessoas e não é apenas um lugar de passagem ou de carros", fala Mirtes. "A cidade é feita de momentos duros, de corre-corre, de violência. Espetáculos que modificam o cotidiano suavizam esta relação com a cidade."

Adriana Pavlova
Folha de S.Paulo

   
 
   
 

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