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23/10/2003
Capital pode estar a 8 dias do rodízio

Os próximos oito dias serão decisivos para a inclusão de mais nove milhões de pessoas no racionamento de água na região metropolitana de São Paulo. O Governo, de acordo com o secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, já está preparando um esquema de rodízio para o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de parte da Capital e São Caetano do Sul. A Sabesp conta com as chuvas e a redução do consumo para evitar a redução do fornecimento.

O Sistema Cantareira estava ontem com apenas 7,1% de sua capacidade. Ele continua perdendo, em média, 0,3% por dia. Por essa tendência, as represas atingirão 5% no dia 27. Em setembro, esse índice foi anunciado como limite pelo superintendente da Unidade de Produção de Água da Sabesp, Paulo Massato.

Arce, por sua vez, tem afirmado ser possível operar as represas até esvaziá-las e que anunciará uma decisão sobre a implantação do racionamento no Sistema Cantareira até o início de novembro. O secretário conta com a chegada das chuvas e a colaboração da população na redução do consumo para evitar implantar um inédito e complexo esquema de rodízio no Cantareira, que nunca enfrentou tal situação.

O Cantareira atende 49,6% da população da região metropolitana, fornecendo água para a Zona Norte e região central da Capital, partes das zonas Leste e Oeste, além de São Caetano do Sul. O Sistema Alto Tietê, que ontem estava com 21,1% de sua capacidade, também corre risco de enfrentar racionamento.

A previsão dos meteorologistas não é animadora. Segundo Gilca Palma, da Climatempo, os até 50 milímetros de chuva esperados para essa semana não ocorreram. “Frente-fria agora só no dia 27, quando poderá ocorrer precipitações de 30 milímetros, insuficientes para resolver o problema”, disse.

Micheline Coelho, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explicou não ser possível prever a intensidade das chuvas com precisão até o final do mês. “Mas a perspectiva não é animadora”, afirmou.

A queda da temperatura e as poucas chuvas que caíram na região metropolitana terça-feira e ontem ajudaram a desacelerar o esvaziamento dos outros cinco sistemas da Sabesp. O Alto Cotia, o Rio Grande e o Rio Claro estabilizaram, enquanto o Alto Tietê caiu apenas 0,1%. No Guarapiranga a diminuição foi de 0,3%.

As chuvas simplesmente ignoraram a região do Cantareira. Nas represas do sistema, a Sabesp registrou apenas 0,2 milímetros de precipitação. Na Represa Billings, que fornece água para o Sistema Rio Grande, choveu 11,2 milímetros.

As informações são do jornal Diário de S. Paulo.

 
 
 

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