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projeto piloto
24/03/2005
Prefeitura quer tirar crianças dos semáforos
 

A Prefeitura vai iniciar, em junho, um projeto piloto para retirar crianças que trabalham nos semáforos da cidade. A ação vai começar pela região do Largo 13, em Santo Amaro, zona sul. A previsão é estender, em julho, o mesmo trabalho a outros seis distritos Pinheiros, Sé, Santana, Vila Mariana, Ipiranga e Mooca, considerados os mais críticos.

O trabalho será feito em parceria com a Justiça, o Conselho Tutelar e o Ministério Público. Existem hoje cerca de 3 mil crianças nessa situação na cidade. As que vivem na rua serão encaminhadas para abrigos. As que têm família serão devolvidas aos pais.

Um mapeamento feito pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social constatou que a maioria das crianças e adolescentes que trabalham nos cruzamentos freqüenta a escola e vai para a rua no período pós-aula.Nos casos em que os pais são os responsáveis pela exploração do trabalho infantil, a Justiça entrará em cena e poderá tirar a guarda da criança dos responsáveis. No caso da exploração por um terceiro, o Ministério Público será chamado a intervir.

Para impedir o retorno às ruas, o secretário de Assistência Social, Floriano Pesaro, prometeu ontem aumentar as opções de atividades para as crianças após o período escolar. A meta é ter até o fim do atual governo 500 mil crianças matriculadas em algum curso da rede municipal ou de entidades parceiras da Prefeitura. Hoje, são atendidas 60 mil.

Para absorver essa demanda, Pesaro disse que vai ampliar o número de unidades próprias e conveniadas - hoje são 386 centros socioeducativos - em um trabalho conjunto com a Secretaria Municipal de Educação.

Compromisso
O prefeito José Serra assinou ontem o termo de compromisso ao Programa Prefeito Amigo da Criança, da Fundação Abrinq, que determina metas de melhoria das condições de vida das crianças e dos adolescentes na educação, saúde e segurança.

A Prefeitura anunciou que a partir de 30 de abril não vai mais colaborar com a Justiça na aplicação de penas alternativas de serviços à comunidade a adultos condenados. Desde 1988, o Município faz o encaminhamento e acompanhamento do adulto.

"O Município entrou nessa ação no passado para ajudar a Justiça, mas essa não é tarefa do Executivo, e sim do Judiciário", afirmou Pesaro. Cerca de 1.500 condenados a penas alternativas estão sob responsabilidade da Prefeitura.

SILVIA AMORIM
do O Estado de São Paulo

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