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reciclagem
27/07/2004
Favela Vila da Paz aprende a transformar lixo em fonte de renda

Lívia Cortizo

Crianças e adolescentes da Favela Vila da Paz aprenderam a enxergar o lixo de outra forma. Eles participaram, na última semana, de oficinas de reciclagem para transformar o lixo em produtos rentáveis. O sucesso das oficinas foi tanto que os organizadores do evento pretendem aplicar o projeto em outras favelas. Essa foi uma ação Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) juntamente com a Sociedade Ambientalista Leste.

Conforme assessora de imprensa da CDHU, Luciana Canuto, no início, os adolescentes não estavam muito de acordo em exercer as atividades propostas. No entanto, as crianças tomaram a iniciativa e todos se entusiasmaram. “Os pequenos começaram a se entrosar tanto com a arte que os mais velhos e até as mães resolveram participar. Ficamos muito satisfeitos em poder enxergar a dedicação deles”, conta.

A oficina foi coordenada pelo psicólogo Carlos Alberto Boldo, a artista plástica Delaine Romano e seis monitores, filhos de catadores de material reciclável, capacitados em outras oficinas. “Além da possibilidade de transformar o trabalho em renda, o projeto ajuda a resgatar a auto-estima dos jovens e também facilita na integração social deles”, afirma o psicólogo.

Os módulos incluíram aulas de como confeccionar brinquedos com garrafas, revestir móveis e objetos com filtro de café usado e transformar entulhos de jornais em bijuterias. Além disso, os adolescentes e as mães participaram de oficinas de fuxico, de circo e de papel artesanal. “A intenção é que os filhos dos catadores tenham contato com o produto da coleta de uma maneira diferente, não é somente trocar pelo peso”, afirma a superintendente de projetos sociais para recuperação urbana, Viviane Frost, que trabalha nessa área há 20 anos.

Segundo ela, é essencial o apoio de parcerias com empresas governamentais e não-governamentais. “Esse é um recurso que ainda não temos e é muito importante”, afirma.

De acordo com Viviane, a proposta deve ser feita em outros locais, pois foi muito bem aceita e exercida. “No final do curso ouvi uma garota falar assim: “O que essa jóia rara está fazendo jogada no chão?” Ela se referia a uma garrafa pet vazia”, orgulha-se a superintendente, satisfeita com o projeto.

Mais informações pelos telefones (11) 3248-2288 / 9258-5009.

 
 
 

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