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política cultural
31/03/2005
Prefeitura reativa Lei do Fomento
 

"Começa a se resolver o impasse. As conquistas feitas pelos artistas têm de ser respeitadas", diz o secretário Municipal da Cultura, Emanoel Araújo, que reativou anteontem o edital do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

No início do mês, o Departamento de Teatro anunciou que o edital para o primeiro semestre deste ano, encaminhado pela gestão anterior (com 71 projetos inscritos), estava suspenso.

Ontem, artistas de companhias paulistanas se reuniram em frente ao Teatro Municipal para pedir a volta do programa. O protesto começou por volta do meio-dia e reuniu cerca de 400 pessoas.

Vestidos de branco, os manifestantes pediam "cultura agora" e organizaram performances na escadaria do teatro. O grupo Bartolomeu de Depoimentos fez uma apresentação de música comandada pelo DJ Eugênio Lima.

Os artistas comemoravam a retomada do edital. Confirmada por Araújo com a homologação da comissão formada por quatro nomes indicados pela prefeitura (o diretor da Associação de Produtores Teatrais do Estado de SP, Carlos Meceni; o diretor Tanah Corrêa, a crítica Ilka Zanotto e a dramaturga Renata Pallottini) e três pela classe artística -o ensaísta Fernando Peixoto, o dramaturgo Aimar Labaki e o pesquisador Alexandre Matte.

"É profícua [a continuidade da lei] e aponta o entendimento da prefeitura da importância do projeto", afirma Ney Piacentini, da Cooperativa Paulista de Teatro.
A Lei de Fomento foi criada em janeiro de 2002 e contemplou 53 grupos, como Oficina, Folias d'Arte, Tapa, Parlapatões, Cia. do Latão e Fraternal Cia. de Artes e Malas-Artes. A dotação para o orçamento deste ano é de R$ 9 milhões (um edital por semestre).

Quanto à revisão da lei, o diretor do Departamento de Teatro, Zecarlos Andrade, diz que ela deverá ser feita pela própria classe teatral. "Já demonstramos a nossa apreensão em alguns aspectos."

Sobre as parcelas atrasadas dos grupos já fomentados, Andrade diz que a Cultura despachou o pagamento no início da semana.

O núcleo de Teatro Vocacional da prefeitura, que desde 2001 forma grupos amadores na cidade, teve toda a equipe substituída. A coordenadora, Maria Ceccato, ligada à administração do PT, pediu exoneração, com sua equipe, por discordar das mudanças feitas por Andrade.

VALMIR SANTOS
TEREZA NOVAES
da Folha de S. Paulo

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