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Dossiê
traça panorama do trabalho
O trabalho não
é mais o mesmo. Se compararmos a jornada atual com a que marcou
início da sociedade industrial, trabalhamos menos. Mas se a compararmos
às horas de trabalho do começo dos anos 90, confirmamos o fiasco
da promessa da Nova Economia: trabalhamos mais.
No Brasil, o IBGE aponta: 40% dos brasileiros mais pobres recebem
em média R$125,04 mensais, enquanto que o salário dos 10% mais ricos
é de aproximadamente R$ 2.477,6. Dos que recebem no máximo um salário
mínimo, 32,1% não possui carteira de trabalho assinada. O setor
de serviços cresce; a indústria fecha postos.
A era da informação e da tecnologia exige nova capacitação técnica
e intelectual de seus trabalhadores. As escolas, cada vez mais cedo,
preparam seus estudantes para essas exigências, conforme relata
a reportagem inédita "Ensino médio prepara para
o mercado de trabalho".
Leia mais sobre o novo mundo do trabalho nas reportagens e pesquisas
abaixo.
Pesquisas exclusivas:
- As
características do futuro trabalhador
- O
trabalho no século 21
- Prepare-se
para as novas formas de trabalho
- Formadores
de opinião revelam o trabalhador do amanhã
- Os
prejuízos da demissão coletiva sobre as empresas
Reportagens:
- Trabalhar
menos e ganhar mais é sonho cada vez mais distante
- Rigidez
da lei dificulta contratações (Exclusiva)
- Mercado
não produz emprego, mas sim trabalho e renda (Exclusiva)
- Carreira
no exterior abre portas no mercado
- Aprendiz
traz dicas sobre crescimento profissional em várias áreas
Ensino médio prepara
para o mercado de trabalho
Para facilitar
a entrada dos jovens no mercado de trabalho, algumas escolas de
ensino médio estão criando disciplinas que ensinam a tomar decisões,
trabalhar em equipe e até mesmo como se comportar numa entrevista
de emprego.
"Quando se ensinava um aluno a ser apenas disciplinado e ficar quieto,
estava-se preparando operários para trabalhar em fábricas; hoje
é necessário se adaptar para educar pessoas capazes de pensar",
afirma a consultora Cristina Bulcão.
Cristina participa do projeto "Pai na Escola" do Colégio Friburgo,
em São Paulo, um programa de aulas complementares para o ensino
médio, ministradas por pais de alunos. O desafio é orientar os estudantes
do 2º colegial na montagem de uma empresa para financiar a viagem
e a festa de formatura no fim do curso.
Experiência semelhante vem sendo desenvolvida com os estudantes
dos dois primeiros anos do ensino médio do colégio Mater Dei, em
São Paulo.
Na aula de gestão profissional, os alunos são divididos em grupos
de "sócios" de uma pequena companhia. Todas as "empresas" disputam
virtualmente - por meio de um software - a mesma fatia do mercado.
O curso, implantado no início do semestre, deve ter dois anos de
duração e pretende também simular a primeira entrevista de emprego
dos estudantes.
Esse tipo de disciplina deve, segundo Ruy Leal, gerente nacional
de desenvolvimento do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE),
estar permanentemente sintonizada com as necessidades do mercado,
para que o aluno tenha um contato real com o mundo do trabalho.
Uma opção para quem não dispões desse tipo de orientação são os
workshops gratuitos do CIEE. A entidade oferece cursos
sobre preparo para processos seletivos, marketing pessoal e empreendedorismo,
aulas de redação e gramática, entre outros.
(Miguel Vieliczko)
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