Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente

Dia 25.04.00 às 10h30
 

 

Pesquisa mostra aumento de desemprego na Grande São Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu de 17,7% em fevereiro para 18,4% em março. São 1.647.000 desempregados na região. Apesar do aumento, a taxa é inferior a registrada há um ano (19,9%). O resultado é fruto da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo) de março, realizada e divulgada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).

O fechamento de 20.000 postos (principalmente no comércio) e a entrada de mais 52.000 pessoas no mercado de trabalho são as principais causas do aumento da taxa. Para Sinésio Ferreira, gerente de análise da pesquisa, "o aumento é sazonal, típico do desaquecimento da economia nessa época do ano".

Todos os segmentos da população tiveram aumento na taxa de desemprego, com a exceção irônica da parcela de crianças de 10 a 14 anos, que teve uma diminuição de 6,3%, passando de 46,2% para 43,3% de desempregados.

A indústria foi a responsável pela abertura de 11.000 postos de trabalho. Outro dado importante é que Construção Civil e Serviços Domésticos, dois setores que tradicionalmente não exigem muita qualificação, abriram 12.000 vagas.

Em relação ao ano passado, os índices se mostraram mais otimistas: desde março de 1999 foram abertos 353.000 postos de trabalho na Grande São Paulo. A expansão foi mais marcante no trabalho sem carteira assinada (que aumentou 14,4%) e autônomo (acréscimo de 10,8%).

O salário médio diminuiu 3,2% em relação a fevereiro: em março ele passou a ser R$834. Na maioria das ocupações houve redução dos rendimentos, sendo os mais afetados os que trabalham no setor privado sem carteira assinada. As mulheres tiveram perdas mais consideráveis: seus salários, que eram em fevereiro 38,2% mais baixos que os de homens em igual ocupação, em março passaram ter o diferencial de 39,7% em relação aos dos homens. Em fevereiro de 1999, a diferença era de 36,7%.

(Alexandre Sayad e Natasha Madov)

 

 
                                                Subir