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Saiba como anda o Tiggo 7, novo concorrente do Jeep Compass

A Caoa Chery lança seu quarto modelo nacional em pouco mais de um ano. O estreante é o Tiggo 7, utilitário de luxo que assume o posto de carro mais sofisticado da montadora.

A marca promoveu um teste de São Paulo a Santos, ida e volta. Foram 165 quilômetros ao volante do novo utilitário, que é produzido em Anápolis (GO).

Ao se abrir a porta, o acabamento bem cuidado chama a atenção. A versão TXS testada (R$ 117 mil) tem forração de couro na parte central dos assentos (as laterais são revestidas de material sintético) e partes plásticas com aspecto semelhante ao alumínio.

Henrique Sampaio, gerente de marketing da Caoa Chery, se apressa em mostrar o que o modelo oferece. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos e aquecimento, tudo comandado por botões com contornos em preto brilhante ou cromados.

O teto solar panorâmico pode ser aberto eletricamente e há uma central multimídia fácil de operar. Seu problema é o motorista ter de alternar telas para ajustar o som ou mexer no ar-condicionado, o que pode distrair a atenção.

Tudo parece perfeito até o momento de ajustar a coluna de direção. Não há regulagem de profundidade, só de altura.

Leonardo Lukcas, diretor de engenharia da Caoa Chery, afirma que a montadora optou por mexer em itens que são mais valorizados pelo consumidor brasileiro, por isso a coluna de direção não foi modificada.

O engenheiro tem autoridade para falar das preferências do público. Ele foi um dos responsáveis pelo projeto Amazon, da Ford. O resultado chegou às ruas em 2003 com o nome EcoSport.

A fabricante sino-brasileira buscou profissionais com experiência no mercado nacional para afinar seus carros. Há um salto perceptível de qualidade dos produtos atuais em relação aos Chery do passado.

Após conhecer os detalhes do utilitário de luxo, chega o momento de colocá-lo em movimento. Seu motor é o mesmo 1.5 turbo flex (150 cv) utilizado no sedã Arrizo 5 e no jipinho intermediário 5X, outro integrante da família Tiggo.

O teste parte de uma engarrafada avenida Faria Lima, no Jardim Paulistano (zona oeste de São Paulo). Com os vidros fechados, o som das motos dos entregadores e dos ônibus é apenas um ruído abafado.

Ao chegar na rodovia rumo a Santos, o silêncio permanece. O isolamento acústico é digno de carros produzidos pelas marcas premium alemãs.

Apesar das rodas aro 18 com pneus 225/60, o SUV não sofre ao passar por buracos e mantém-se equilibrado nas curvas, sem adernar demais.

O motor 1.5 trabalha em conjunto com o câmbio automático de dupla embreagem e seis marchas.

O desempenho é razoável, não chega a empolgar. Parece que o motorista está ao volante de um Jeep Compass com motor 2.0 aspirado. Pelo visto, esse é o objetivo.

Das dimensões aos equipamentos, tudo no Caoa Chery Tiggo 7 revela quem é seu principal concorrente.

O modelo foi talhado para fazer frente ao Compass flex, que custa a partir de R$ 114 mil e foi o esportivo utilitário mais vendido do Brasil em 2018.

O Tiggo 7 mais em conta é vendido por R$ 107 mil na versão T. Não há airbags laterais, forração de couro, teto solar ou regulagem elétrica dos bancos como na opção TXS.

Agradável ao volante e com preço compatível com seu segmento, o novo jipe de luxo tem como maior problema o tamanho da rede de concessionárias Caoa Chery, ainda pequena diante das ambições da marca.

Há 65 lojas Brasil afora, número que, pelos cálculos da fabricante, deve chegar a 111 até o fim de 2019. Somente assim será possível atingir a meta de vender 600 unidades por mês do Tiggo 7.

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