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Mais laureado da história dos Jogos, Phelps dá adeus às piscinas nos 4 x 100 m

Mais cem metros. Essa é a distância que separa o norte-americano Michael Phelps, 31, de sua despedida. Duas piscinas, provavelmente um ouro, e o mais laureado atleta olímpico de todos os tempos terá escrito o último capítulo de sua história nos Jogos.

Phelps não estava feliz com o final que criara em Londres-12. Desistiu da aposentadoria e voltou a nadar. Queria mostrar que ainda era veloz.

Sai dos Jogos do Rio, até agora, com quatro ouros. São 26 medalhas na carreira, 22 delas douradas. Nunca um atleta conseguiu tantos pódios em Olimpíadas.

Após a conclusão desta edição, buscaria a quinta, nos 100 m borboleta –que acabou não saindo. Na noite deste sábado (13), às 22h49, encerrará a carreira no 4 x 100 m medley.

Na arquibancada, terá a mãe Debbie, a noiva, Nicole, e o pequeno Boomer, que, aos três meses, já presenciou o pai fazer ainda mais história.

No Rio, Phelps tinha algumas missões. A primeira: recuperar o título dos 200 m borboleta. A derrota para Chad Le Clos, que tirou sua invencibilidade na Inglaterra, ficou engasgada por quatro anos.

Depois, nos 200 m medley, atingiu mais um feito inédito: tornou-se o primeiro nadador a ganhar a mesma prova em quatro Olimpíadas seguidas. De quebra, ultrapassou Larissa Latinina como o atleta com maior número de medalhas individuais. A ginasta russa tinha 13 conquistas. Ele, até a conclusão desta edição, acumulava 15.

"Posso dizer que atingi todos os objetivos que tive na vida", afirmou Phelps.

Um era nadar rápido no Rio. Não como em Pequim-08, quando se tornou o primeiro atleta a conquistar oito ouros em uma única Olimpíada, mas atingiu melhores marcas ou se aproximou dos tempos que fez em Atenas-04 e Londres-12. Isso aos 31 anos.

Voltou também a encarar mais de uma prova por dia e não teve seu desempenho abalado, embora a dor hoje seja maior do que há 4, 8 ou 12 anos atrás. "Estava brincando com Ryan [Lochte] sobre como nadávamos tantos eventos em 2008", afirmou.

Antes de Londres, Phelps não gostava mais de nadar, faltava a treinos e errava muito. Mesmo assim, foi à Olimpíada e se tornou o maior medalhista de todos os tempos. Mas estava infeliz.

A aposentadoria não mudou o cenário, e ele decidiu voltar. Mas não era mais o Phelps pré-2008. Abusou das festas, do álcool e dos jogos. Foi flagrado dirigindo embriagado e suspenso por seis meses. Decidiu encarar a reabilitação, fez as pazes com o pai e teve um filho.

Chegou ao Rio pronto para encerrar essa história. Da melhor maneira possível.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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