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Brasil só atingirá meta de medalhas do COB com conquistas inéditas

Os brasileiros tiveram uma sexta-feira (19) de fracassos na disputa por medalhas e os resultados, aliados às conquistas do Canadá, deixaram o país em um cenário dramático para atingir a meta de medalhas do Comitê Olímpico do Brasil.

O COB estabeleceu como objetivo na Rio-2016 a classificação no top 10 pelo critério do total de pódios.

Nesta sexta, o Brasil zerou, estacionando nas 15 medalhas.

Érica Sena, na marcha atlética de 20 km, e Yane Marques, no pentatlo moderno, esperanças de pódio, não chegaram lá.

A seleção feminina de futebol, na tentativa do bronze, enfrentou justamente a do Canadá, e perdeu.

Na prova de saltos do hipismo, Doda, Eduardo Rezende e Pedro Veniss viram, eliminados, Eric Lamaze, montando Fine Lady 5, faturar mais um bronze para o país da América do Norte.

Com outro bronze à noite, no revezamento 4 x 100 m do atletismo, o Canadá isolou-se no décimo lugar, com 21 medalhas, deixando para trás a Coreia do Sul (19). O Brasil, 13º colocado na véspera, caiu para 15º.

Matematicamente, dá para o Brasil ultrapassar o principal concorrente. A realidade, porém, escanteia essa possibilidade.

Para superar o Canadá, terá de obter medalhas, nos últimos dois dias de competições, nunca antes conquistadas.

O futebol assegurará um ouro ou uma prata neste sábado (20), pois disputa a final com a Alemanha no fim da tarde. Pela manhã, a dupla Isaquias Queiroz/Erlon Souza, na canoagem, é uma das favoritas na prova C2 1.000 m.

Outra medalha garantida é a do vôlei masculino. O time comandado por Bernardinho superou a Rússia e duelará com a Itália na final.

A adição dessas três conquistas resultaria em 18 medalhas.

Para conseguir mais, só com resultados totalmente inesperados, em esportes que nunca foram ao pódio, como ginástica rítmica, triatlo e ciclismo mountain bike.

O Brasil compete também no taekwondo, com Maicon Siqueira (acima de 80 kg), e no pentatlo moderno, com Felipe Nascimento. Nessas modalidades, o país já medalhou em Jogos (um bronze cada um), porém as expectativas de pódio em relação a esses atletas são mínimas.

Na maratona masculina serão três brasileiros, que teoricamente podem obter três medalhas. Só que o máximo que o Brasil ganhou na história nessa prova foi o bronze de Vanderlei Cordeiro, em Atenas-2004.

Além disso, o Canadá não encerrou sua participação na Rio-2016 e tentará ampliar seu rol de condecorações, com chance, por exemplo, na canoagem e no atletismo.

Outro país que luta pela décima posição pelo total de medalhas neste momento é a Holanda (12ª colocada, com 18 pódios).

Questionado pela Folha sobre a situação do Brasil na busca do top 10, o diretor-executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, afirmou que o comitê só fará "a análise macro" do desempenho do país no dia 21, após o fim das competições.

Com a meta do COB praticamente inatingível, o país poderá se contentar com dois outros feitos.

Um já atingido, o de melhor Olimpíada em termos qualitativos. Até aqui são 5 ouros, 5 pratas e 5 bronzes, superando os 5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes de Atenas-2004.

O outro, a ser buscado, é obter o maior número de medalhas em uma edição. O recorde são as 17 em Londres-2012.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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