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capital humano
11/07/2005
Empresa capacita e contrata ex-presidiários

 

Marina Rosenfeld
especial para o GD

Condenado a 92 anos de prisão por homicídio culposo, Ricardo Teixeira da Silva, 41, pode ser considerado uma exceção em meio a tantas histórias trágicas do sistema carcerário brasileiro. Após 23 anos cumprindo pena, Silva foi libertado por ter boa conduta e participar de programas de reinserção social na Penitenciária Nilton Silva, em Franco da Rocha, em SP. Mas o que realmente torna a história de Silva um caso de sucesso, é o fato de ter encontrado trabalho logo após deixar as celas.

Silva, que trabalha na Rentalcenter – empresa que aluga materiais para construção civil -, há quase três anos, conseguiu essa oportunidade graças à iniciativa que essa mesma companhia desenvolve dentro do próprio presídio. A empresa montou no local, oficinas para que os presidiários consertassem equipamentos, que após o aluguel voltavam danificados.

A justificativa para essa iniciatica é que 60% dos presidiários do Estado de São Paulo voltam ao crime, pelo fato de não conseguirem recolocação no mercado após deixarem a prisão, de acordo com dados da Funap (Fundação Prof. Dr. Manuel Pedro Pimentel).

“Se a pessoa fica muito tempo fora do mercado, além da falta de capacitação profissional, ela perde noção das relações. A idéia é que essas oficinas sirvam de ferramenta para voltar ao mercado. Caso não consiga um emprego formal, ela pode trabalhar com esse conhecimento informalmente”, afirma Maria de Fátima e Silva, gerente de responsabilidade social da empresa.

Assim, consertar betoneiras, compactadores e furadeiras foi o meio encontrado por Silva e por muitos outros presidiários para ocupar o tempo, reduzir a pena (um dia a menos para cada três dias trabalhados) e ainda aprender uma profissão.

Desde 2002, mais de 130 presidiários já passaram pelas oficinas, que são aplicadas por um técnico especializado, contratado pela Rentalcenter. Ao final de cada módulo de aprendizagem, cada participante recebe um certificado de especialização que posteriomente pode ajudá-lo a conseguir um emprego.

Além das aulas de mecânica, elétrica, pintura e solda, os detentos recebem um salário mínimo, equipamentos de segurança e material pedagógico.

A oportunidade que Silva conseguiu na Rentalcenter, surpreendeu ao próprio ex-presidiário que tinha em mente sair do país logo que deixasse a penitenciária. “A maior parte das pessoas não consegue se restabelecer. Meu plano era tentar um emprego em outro lugar”, diz ele.

A gerente de responsabilidade social da empresa em que o ex-detento trabalha finaliza dizendo que o profissional foi contratado pelo seu perfil e pela sua competência e que o fato já ter passado pela prisão, nada influênciou na sua seleção. “É uma pena que esse tipo de contratação não seja uma tendência. Ainda existe muita falha de comunicação em relação à presidiários. A sociedade os enxerga de uma maneira muito negativa”.

   

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