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REFLEXÃO


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pensata
06/06/2006
O Código de Lula

É impossível entender a força de Lula sem deixar de se debruçar sobre os estudos mostrando como as camadas mais pobres no país estão, desde 2000, aumentando sua renda --é muito maior do que mesmo os mais experientes políticos supunham e, por isso, apostavam na derrocada do presidente a partir as denúncias de corrupção.

O mistério se desfaz a partir de contas dos economistas Ricardo Paes e Barros, do IPEA, e Marcelo Neri, da FGV , avalizadas por Luiz Mendonça de Barros, um dos principais consultores de Geraldo Alckmin. Os números mostram, com nitidez, que a combinação de distribuição de renda com crescimento econômico tem levado a população mais pobre a experimentar um gosto de China --ou seja, sua renda está crescendo acima dos 8% ao ano, graças a uma série de medidas como as bolsas, aumento do mínimo, baixo aumento do preço dos alimentos.

Goste-se ou não do Lula ou do PT, considere-se ou não que tais benefícios já vinham da Era FHC, o fato é que o presidente se mantém firme e forte não é porque ele seja nordestino, viva no palanque, fale a linguagem do povo. Mas porque os mais pobres estão dizendo que sua vida melhorou como só se via no auge do Real. Se é sustentável essa melhora e se poderia ser melhor, é outra discussão.

O PT errou no passado porque desprezou a força do Real -- assim como o PSDB parece que está errando ao apostar que, como o crescimento médio é ruim ( e é mesmo), os pobres estão perdendo.


Coluna originalmente publicada na Folha Online, editoria Pensata.

   
 
 
 

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